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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Girando com as ondas (010)

UNS MODOS DE FALAR
A conhecida voz das transmissões de futebol costuma afirmar que ‘brasileiro não vive sem rádio’. Você, interessado no tema, concorda, ou não? Um baluarte do veículo que viveu encastelado na retaguarda, tinha por mote estas frases de palavras simplórias:‘Uma coisa é uma coisa;outra coisa , outra coisa’.

.o. Identificaria você aquela e esta personalidade, que fizeram (e fazem) nomes na história desse meio de comunicação cada vez mais dependente da internet? A partir disso, tratamos de algumas observações que analisamos na sequência. Um leve repasse nos bordões, slogans e seus maneirismos.
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É ISSO, COMPANHEIRO
.o. Entre uma informação ou um comentário, o Roberto Canázio* não escapa, no dia a dia de suas apresentações, de um ‘de qualquer maneira’ e do ‘que que é isso?’ O programa que ele conduz recuperou, na última reforma, o espaço perdido em 2015. Custou, mas, os cardeais devolveram-lhe o quadro do “Debates populares”, do inesquecível Haroldo de Andrade, uma das razões do sucesso.

.o. Saímos do campo das variedades para um especializado. Encontramos nesse, o comentarista esportivo Ronaldo Castro, ‘o do recado certo’, slogan desde o tempo de repórter. ‘Agora’, é a expressão-base que utiliza para argumentar com seus companheiros. Outra : ‘possante’, toda vez que se refere a um membro da equipe ou a um jogador que se destaca. E, tem o ‘olha só’.
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BOLA E IRREVERÊNCIA
.o. Colega do Ronaldo numa temporada na Rádio Nacional (o esporte tinha a chancela do publicitário Ilber Mendes), Luiz Ribeiro firmaria o pé na Tupi com um programa noturno,nos dias sem futebol. Nesse cartaz, em que substituiu o Roberto Figueiredo, o forte são os debates sobre as manchetes do dia. Logo ele assumira o “Bola em jogo, com a saída, para a CBN, do Marcus Aurélio.

Foi, em curto período, o segundo comentarista nas jornadas da equipe. O ‘da opinião definitiva’, era o slogan que adotara. Inevitáveis nas duas atrações, ele recorrer ao batido ‘daqui a pouquinho’. Em algumas oportunidades, contrapõe um ‘quebra tudo’, popularizada pelo Garcia Júnior, figura folclórica do rádio esportivo, que formou uma geração. LR teria ‘bebido na mesma fonte’.
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EXPRESSÃO DE TIME
.o. Em onze apresentadores de rádio e TV, segundo criteriosa pesquisa, nove se valem do termo. Um recordista na sua utilização é o Alexandre Ferreira que, na Globo, comanda o “Acorda Rio” e o “Domingo + família”. No seu repertório, desfila o ‘Dá um sorriso pra mim’, concitando o público, a audiência. Bem próximo do ‘alguma coisa está fora de ordem’, numa canção do Caetano Veloso.

.o. Parafraseando o saudoso Stanislaw Ponte Preta -- que seria dos globais sem ele ? Poderíamos assinalar que, com o tal bordão, o comunicador inscreveu seu nome na pré-história da internet, pois, o mais noviço dos internautas sabe perfeitamente que, através do moderno recurso, se pode ver um radialista na tela. E, dessa forma ‘é bastante provável dar’ (e retribuir) a solicitada manifestação...
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SIMANCOL NÃO É AQUI
.o. Raros os intervalos não precedidos de um ‘voltamos, já já’. Passagens de repórteres sem um ‘obrigado pelas informações’. O trânsito, matéria prima dos melhores (e mais importantes prefixos) está sempre ‘complicado’. Nas ruas, avenidas, praças, pontes, viadutos e... naturalmente, nos microfones.

.o. No futebol, em lances de perigo na área, a exclamação previsível: ‘Eu vi essa bola lá dentro!’ Num gol de fato – golaço para a maioria – (inescapável a redundância) ‘... o goleiro nada pode fazer’. O rádio, mesmo em crise, carente de criatividade, ainda é, no entender desse escriba (toin!) um veículo fascinante.

.o. Reciclagem no seu modus vivendi, porém, vamos ter que esperar sentados, nos sofás bem confortáveis. Talvez se torne uma realidade quando o analógico não estiver mais em uso. Ou -- quem sabe -- , venha a ser possível com o despontar de uma nova geração valorosa assumindo os postos dos venerandos.
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I N T E R L I G A D A S
Gilson Ricardo, hoje na Tupi, é dos radialistas aposentados ainda em atividade. Descoberto por Waldir Amaral narrando futsal na Difusora de Petrópolis, pensou que fosse trote, ao ser convidado pelo próprio para trabalhar no Rio.
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Permaneceu na Globo durante 35 anos, perdendo apenas para o Áureo Ameno, 42 ininterruptos. Gilson, versátil e personalíssimo, foi criador de inúmeros bordões, sendo o ‘Para com isso...’ e ‘Tá’ tudo combinado’, os mais populares.
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E, o núcleo carioca da Bradesco prossegue na restauração de seus quadros. Desta vez contratou mais outro (o segundo) da rádio de São Cristóvão, que fora embalado no ‘pacote de julho’. É o Eugênio Leal, apresentador e comentarista.
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Para o lugar que ele ocupava na líder (?), promoveram o Marcus Vinícius. Por sinal, o seu desempenho é deveras surpreendente. Mr Bean apresentou-se nos primeiros dias, melhor que alguns detentores de rodagem maior no exercício.
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MEMÓRIA VIVA
/o/ Cultuado por estudiosos e apreciadores de música instrumental, o violonista Dilermando Reis (1916-1977), atuou no rádio por nada menos que 30 anos, passando pela Clube do Brasil (a segunda surgida no país) e a Nacional (um ícone na época de ouro) inaugurada há 80 anos. A exemplo de outros grandes nomes do cancioneiro, o centenário dele foi pouquíssimo comemorado. A obra de Dilermando, paulista de Guaratinguetá, compara-se em importância, à dos violonistas e compositores João Pernambuco ( João Teixeira Guimarães, no registro) e Garoto (batizado Aníbal Augusto Sardinha).
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• Canázio vai completar em dezembro dez anos na Globo. No momento, está de férias em Portugal -- nos revela a governanta lá de casa, que não soube informar o nome da cidade. Se entrasse no lugar um tal de Soares – diz – desligaria o rádio. Mantém-se na audiência, acrescenta, porque é o David Rangel, um cara legal, que ficou no programa.






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