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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Rádiomania, o Livro/18

MÉDIAS E NODULADAS (B-4)
“A Nacional era ouvida em todo o Brasil por uma massa enorme de público”, revelaria Paulo Tapajós, diretor musical e produtor da emissora por muitos anos. “Isso aguçava o interesse dos anunciantes, que formavam fila à espera de uma vaga na programação. Aos poucos foram suprimidos os quartos de hora focalizando um artista e, criou-se os programas de talento, de inteligência”.

A Rádio Nacional ganharia, em 1942, novo estúdio com palco e plateia. E também passaria a operar em onda curta com antena dirigida para a Europa, revelaria ainda Paulo Tapajós. Numa determinada época, segundo ele, a Nacional era considerada a quinta emissora do hemisfério, competindo com a BBC (Inglaterra), NBC (Estados Unidos), Europa 1 (França) e RAI (Itália).

“É fundamental reconhecer o impacto da onda curta... Através dela o rádio mostrava o que o Brasil tinha a oferecer ao exterior, dentro de uma política de integração”. A observação é de Sônia Virgínia Moreira, professora de jornalismo da Uerj, que durante algum tempo trabalhou na Rádio JB AM.

Almirante, Radamés Gnatali e José Mauro formaram um tripé da maior renovação que se fez na Rádio Nacional. A eles se juntariam Haroldo Barbosa e Paulo Tapajós, afirmava Luiz Carlos Saroldi, parceiro de Sônia num livro sobre a estação. “Chegava o tempo da radionovela, com “Em Busca da Felicidade” e, também o jornalismo se projetava com o modelo do “Repórter Esso”.

Em depoimento ao “Especial” da RJBAM em outubro de 1997, Radamés dissera que só fazia “Um Milhão de Melodias”, de lançamentos, para o qual escrevia arranjos e orquestrações. Os maestros Lírio Panicalli e Léo Perachi, seus companheiros na emissora, também desfrutavam de funções privilegiadas. Panicalli cuidava dos programas românticos e Perachi respondia pelos sinfônicos. “Festivais GE” – dizia Radamés -- era feito para atender o último caso.


MEMÓRIA-2000
Em 5 de agosto, um sábado, Juçara Carioca alçava vôo solo na Tupi. O “Show da Juju”, programa semanal, era transmitido das 8 às 10h da noite. Gamhava o espaço devido a saída da "Revista Musical", às 7h, com o Artur da Távola.

A Radiobras e o Ministério das Comunicações anunciavam em setembro a venda, provável, da Nacional, que não se concretizaria. A rádio acumulava prejuízos desde os anos 80 e ocupava a 11ª posição entre as AMs cariocas.

Pioneira no segmento a Imprensa FM era arrendada pela Jovem Pan no final de novembro. Os donos da emissora de São Paulo já haviam fechado negociações com a Fluminense, de Niterói, rebatizando-a com o nome de Jovem Rio.

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