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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Rádiomania, o Livro/58

DOURADO ‘CACIQUE’
Em novembro de 1989 Collid Filho completava 44 anos de rádio – a maior parte deles na líder dos Diários Associados, Rádio Tupi, que nos anos dourados era também conhecida como “O Cacique do Ar”. Testemunha da fase áurea da emissora, Collid Filho foi um dos escolhidos por Fridas Veras para um programa especial na Rádio MEC, que ouvira naquele mês depoimentos sobre a história da estação.Outros participantes do especial foram Paulo Porto e Paulo Max.

Eles relembraram fatos pitorescos, envolvendo programas e personagens, onde pontificavam os nomes de Ary Barroso e Almirante. Pianista e compositor famoso, considerado o gênio do mau humor, Ary era o responsável pelo lendário “Calouros em Desfile”, aos domingos à noite, entre 8 e 9 horas. Ary, um entusiasta do futebol e torcedor do Flamengo, era também locutor esportivo. Costumava utilizar-se de uma gaitinha de boca para dar ênfase aos gols, mas, mudava de entonação do instrumento nas vezes que o adversário do seu clube alcançava as redes.

De Almirante, ‘a patente do rádio’, criador de numerosos programas de sucesso nas emissoras em que trabalhou, um grande destaque na Tupi foi, sem dúvida, o “Incrível, Fantástico, Extraordinário” às quintas-feiras, em horário noturno. Dezenas de programas se projetaram no “Cacique do Ar”, sendo exemplos o “Rádio Sequência G-3”, com Paulo Gracindo, de segunda a sexta, na hora do almoço, e o “Caleidoscópio”, com Carlos Frias, nos domingos depois do futebol.

Embalado pelos acordes do Monlight Serenade, com a orquestra de Glenn Miller, Frias narrava a crônica “Boa Noite para Você”, nos dias úteis da semana. Enfatizava alguém que se destacava no dia, deixando para o ouvinte, a impressão de que ele próprio era o autor do texto, cujo nome a emissora não divulgava. Esse redator, mantido no anonimato, era nada menos que o Hélio Thys, anos mais tarde bastante conhecido através da série “A Vida é Assim”, que o levaria para a Globo. As histórias contadas no seriado, ainda se transformariam em livro.

Outras atrações da Tupi davam uma mostra da qualidade de seus programas. O “Falando de Cadeira”, de Olavo de Barros, era um deles, aos sábados, por volta de 1h da tarde, constando de entrevistas com o pessoal do teatro, muito contribuindo com a divulgação de suas atividades. No humorismo, os inesquecíveis Alvarenga e Ranchinho, logo após os calouros do Ary, e também nesse plano “Marmelândia, o País das Maravilhas” e “Ali Babá e os 40 Garçons”, ambos de Max Nunes, o primeiro às terças, o outro às quintas, à noite.

De segunda a sexta, nos fins de tarde, o “Pausa para Meditação”, de Júlio Louzada, e o “Eu Acredito em Milagres”, de Maria Muniz, quando a Tupi entrava em cadeia com a Tamoio. As novelas ocupavam diversos horários. Principais escritores Jota Silvestre, Dulce Santucci e Luiz Quirino.Entre os rádioatores Antônio Leite, Aidê Miranda, Luiza Nazareth, Dandreia Neto, Dario Lourenço, Nair Amorim, Nely Villanova, Newton da Matta, Paulo Porto e Radamés Celestino.

M E M Ó R I A
Em 6 de outubro de 1950, estreava na Rádio Nacional o “Balança Mas Não Cai”, humorístico de Max Nunes. Dois anos depois, a ele se incorporava o quadro “Primo Rico, Primo Pobre”, com o ator Paulo Gracindo, que produzia o sketch, e o comediante Brandão Filho. Narrado por Afrânio Rodrigues reunia, entre outros, Walter e Ema D'Ávila, Wellington Botelho, Altivo Diniz e Nilza Magrassi.
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< Plante e Viva Bem
Não deixe uma planta morrer. Nem uma livraria. Dê livros. A uma criança, um amigo (a), a seu amor. Com os livros se planta uma civilização.

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