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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Rádiomania, o Livro/60

PILARES EM QUEDA
Os 70 anos do rádio alcançados em 1993, não proporcionaram motivos para a comemoração da classe. Em particular, dos profissionais que atuavam na Mundial – terceira mais antiga no país, até os anos 60 a proclamada Rádio Clube do Brasil. Ela encerrava suas atividades em janeiro. O mesmo quadro se desenhava para os que pertenceram ao elenco da JB AM, fechada em abril, a quatro meses de completar 59 anos de sua fundação, o que ocorria na semana em que se realizava o plebiscito objetivando a mudança de governo.

Com a queda da JB e da Mundial, iam por terra dois blocos de expressivos sistemas de rádio no Rio de Janeiro, considerados entre os mais sólidos. A JB ainda tentava reverter, em março, a situação difícil em que se encontrava. Novos programas foram criados, evidenciando que a finalidade era ‘vender’ assinaturas do jornal da empresa, seriamente abalada em seus pilares, fonte de sustentação da emissora, pobre em anunciantes. No final de abril, o público fiel à rádio se via definitivamente na orfandade. Os 940 Khz, onde a JB emitira seus últimos suspiros, eram ocupados pela Rádio Cristo em Casa, batismo provisório.

Pouco depois, o detentor da concessão, e de outros prefixos no Rio, sintetizava o nome de sua nova aquisição: Rádio Brasil. Ela, no entanto, seria minimamente explorada pela seita, arrendada ao movimento Vinde, também religioso. No caso, saía do púlpito eletrônico o pastor (e deputado) Francisco Silva e entrava Caio Fábio, pastor e escritor. Cancelado o contrato de arrendamento, que seria de dez anos, a LBV, Legião Brasileira da Boa Vontade, assumia o controle da rádio, sendo gestor, José de Paiva Neto, um jornalista e escritor de temas religiosos.

As ondas da Mundial, (AM 860 Khz), por sua vez, seriam utilizadas durante quatro anos como repetidora da CBN (ex-Eldorado), ‘a nova menina dos olhos’ dos diretores do Sistema Globo de Rádio. Em junho de 1997, porém, a empresa optava pela freqüência de 860 para a CBN, que vinha operando dos estúdios da emissora desativada. A 1180, (da extinta Eldorado), que, depois da Viva Rio, serviria à nova Mundial, foi vendida para Igreja evangélica homônima.

M E M Ó R I A
Produzido em Niterói e transmitido pelas principais emissors do Rio, o “Grande Jornal Fluminense” deixava de operar em 1981. Seu início ocorrera em 1949 através da Rádio Tamoio. Fundado pelo jornalista Sebastião Rodrigues da Costa, era administrado por três de seus irmãos. Nos últimos vinte anos ficara em poder de uma vereadora e advogada na antiga capital do Estado do Rio.

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< Plante e Viva Bem
Não deixe uma planta morrer. Nem uma livraria. Dê livros. A uma criança, a um amigo (a), a seu amor. Com os livros se planta uma civilização.

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