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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Rádiomania, o Livro/65

O DIVINO DE UMA ESTRELA
Fulgurante estrela da Nacional na década de 50, Elizeth Cardoso brilhava em Cantando pelos Caminhos, do Paulo Roberto, nas noites das quintas-feiras. ‘A Divina’, no conceito de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, embalou os sonhos de muita gente.

Canção de Amor, de Chocolate e Elano de Paula, Meiga Presença, de Paulo Valdez, Cidade do Interior, de Marino Pinto, Mulata Assanhada, de Ataulfo Alves, Nossos Momentos, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, e Chega de Saudade,de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, alguns sucessos dela.
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ODE À BELEZA
Expressão exaustivamente repetida nos anos 60, ‘Linda de Morrer’ servia para exaltar a beleza de jovens que circulavam nas festas elegantes da sociedade carioca. Espalharia-se como coqueluche pelos recantos da Cidade Maravilhosa e arredores.

Foi Sérgio Bittencourt quem lançou a ode. Ele manteve, antes da Revolução de Março de 64,matinal programa na Rádio Nacional. Colunista de O Globo, filho de Jacob do Bandolim, e também compositor, Sérgio criou, com a frase, muita polêmica. ‘Linda de Viver’ deveria, no entendimento geral, ser a exclamação correta.

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OS PIONEIROS
Em dezembro de 1944, no Rio, e exatamente no dia 2, acontecia a inauguração da Rádio Globo. Seus primeiros contratados, Rubens Amaral, Luiz Mendes, Luiz de Carvalho e Daysi Lúcidi. O prefixo em que passou a operar, pertenceu à Transmissora, que encerrava um ciclo na antiga capital.

A nova estação levou, segundo pesquisadores, dez anos para ser descoberta pelo grande público. E, quando tal ocorreu, predominou seguramente por quatro décadas. Os irmãos Luiz e Raul Brunini muito contribuíram para a solidificação do desenvolvimento da emissora.

O responsável direto por seu longevo sucesso, foi ninguém menos que Mário Luiz Barbato. Apresentador do Pré-parada Musical, na matriz, e Tarde Musical e Esportiva, dominical na Eldorado, ele implantaria nos anos 90, na Tupi, um igual esquema.

Em fases distintas estiveram na rádio, Gagliano Neto, Doalcei Camargo, Benjamim Wright e Affono Soares, nos esportes. No campo das variedades, os apresentadores Paulo Moreno, Jonas Garret e Roberto Muniz. Por um tempo menos distante daqueles, Adelzon Alves, na madrugada, e Paulo Giovanni, nas manhãs.

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‘MENINO GRANDE’
Locutor esportivo da Rádio Jornal do Commercio do Recife no começo da carreira, Antônio Maria ingressava na Mayrink Veiga ao mudar-se para o Rio. Ali, foi produtor de programas humorísticos, como, por exemplo, o Regra de Três, de que participavam comediantes da categoria de um Altivo Diniz, Nancy Vanderlei, Zé Trindade, Matinhos, Henriqueta Brieba, etc.

Já compositor, projetaria seu nome com os sambas-canções Ninguém me Ama e Menino Grande, gravados por Nora Ney, do elenco da Nacional. No repertório dele o comum eram as chamadas músicas de fossa, nenhuma, porém, tão dramática quanto Se Eu Morresse Amanhã, perpetuada em disco por Dircinha Batista.

Uma das exceções ao estilo, a Valsa de Uma Cidade, com Ismael Neto, líder e um dos fundadores do vocal-instrumental Os Cariocas. Bem o demonstram os versos iniciais, dizendo: 'Vento do mar/E o meu rosto no sol a queimar, queimar/Calçada cheia de gente/A passar, e a me ver passar/Rio de Janeiro, gosto de você/Gosto de quem gosta/Deste céu, deste mar, desta gente feliz...'

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NOITE, CRIANÇA
Maria, boêmio de carteirinha, foi colaborador de O Globo, O Jornal e Última Hora. Através da seção Mesa de Pista, no primeiro, relatava os bastidores dos shows de boates da moda. Cunhou a frase ‘A Noite É Uma Criança’, lembrada nas rádios e outros meios de comunicação, contraponto para uma de Jacintho de Thormes, colunista social de ‘UH’: À Noite Todos Os Gatos São Pardos’
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Um dos grandes nomes do rádio que migraram para a ‘telinha mágica’, fez parte dos quadros da TV Tupi, na retaguarda ou diante das câmeras. Viveu intensamente antes de alcançar os 50 anos.

M E M Ó R I A
De doze profissionais que se destacavam na equipe esportiva da Globo em fevereiro de 2009, ou seja, dez anos passados, apenas Edson Mauro e Eraldo Leite continuam na empresa. Os demais, a maioria dispensados, foram trabalhar em outros prefixos -- inclusive rádios da web. Luiz Mendes (‘o da palavra facil’) mudou-se para o 'Planeta dos Esplendores’, imaginado pelo Artur da Távola, habitante algum tempo de lá.

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