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sábado, 11 de maio de 2019

Rádiomania, o Livro/70

O PATRIMÔNIO SALVO
Com a reinauguração de seus estúdios, palco-auditório e departamento de rádio-teatro, o patrimônio da Nacional do Rio estava salvo. A cerimônia que marcara o início da revitalização foi na sexta-feira, 2 de julho de 2004, presenças do presidente (da República) Luiz Inácio Lula da Silva (e do da então Radiobrás) Eugênio Bucci, artistas e autoridades.

Nas obras de revitalização da emissora foram investidos R$ 2,5 milhões, utilizados na compra de equipamentos de última geração e transmissores de 50 kilowatts. A situação precária em que se encontrava a tradicional estação, deixara Bucci alarmado em sua primeira visita à estatal, logo acabara de ser escolhido para administrar os rumos da empresa.

No restaurado auditório com capacidade para 150 lugares, houve um show comandado por Gracindo Júnior, que lembrara a figura do pai, Paulo Gracindo, um dos grandes nomes da Nacional. Ele assinalara seu início na rádio, aos 14 anos, discorreu sobre a democracia restabelecida no país, e lamentou os anos de chumbo, quando 36 funcionários (lista da qual fazia parte com o ‘velho’), foram demitidos pela repressão militarista.

Participara do show, entre outros, Carmélia Alves, Carmem Costa,Adelaide Chiozzo, Cauby Peixoto, Marlene, Emilinha Borba, Jamelão e Helen de Lima. Na abertura, conduzida por Lucinha Lins, reviveram-se o prefixo oficial da rádio, Luar do Sertão, e trechos de programas famosos. Marco Antônio Monteiro e Neise Marçal entrevistavam artistas e convidados. A iniciativa, segundo Luiz Carlos Saroldi, ‘um reestímulo à radiodifusão’.
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A PERSONALÍSSIMA
Uma das raras cantoras do rádio de São Paulo a se projetar no Brasil, Isaurinha Garcia (1919--1993) tinha uma coisa em comum ao locutor da Tupi, Collid Filho: a longevidade na mesma empresa. Isaurinha (‘A Personalíssima’) trabalhou exclusivamente na Rádio Record, ali permanecendo 40 anos.

O cognome que recebera foi ideia do apresentador Blota Júnior, da linha de frente na radiofonia brasileira. A rádio criada pelo empresário Paulo Machado de Carvalho desfrutava na capital paulistana de prestígio semelhante ao da Nacional. Randal Juliano, a voz oficial, apregoava: ‘Rádio Record, a maior’,

Antes de ter estilo próprio, Isaurinha, uma nativa do Brás, espelhava-se na carioca Araci de Almeida, ‘o samba em pessoa’. E, nos áureos tempos dos programas de auditório da lendária emissora, ela vinha constantemente ao Rio como convidada especial para apresentações no ‘Cesar de Alencar’.
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FORTE EXPRESSÃO
Uma das vozes de mais forte expressão do rádio, Cesar Ladeira se tornaria bastante conhecido do grande público na Revolução Constitucionalista de 1932, de inegável importância para os destinos do país, seus habitantes.

Atuava na Record e destacou-se no movimento que eclodira em São Paulo. Também tomaram parte na cobertura em 9 de julho Renato Macedo e Nicolau Tuma, sendo este e Armando Pamplona, da Cultura,pioneiros no futebol.

Contratado pela Mayrink Veiga anos depois Ladeira se especializaria em criar slogans para os artistas da casa. Era diretor-artístico e o apresentador das principais atrações. Outro endereço em que fez história foi a Nacional.
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M E M Ó R I A
Poucos profissionais do rádio ficaram tanto tempo num mesmo prefixo quanto o Collid (Ether) Filho, natural de Belém, Pará. Sua passagem pela Tupi, em épocas remotas classificada como líder dos Diários Associados, durou 44 anos.

Collid (1930-2004) foi, entre outras atividades, locutor do Clube do Guri, Grande Jornal, apresentador do Rádio Sequência G-3 e, na maior fase de sua vida, comandante do Collid Discos, pelo qual ganhou título de ‘O Dono da Noite’.


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