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sábado, 10 de agosto de 2019

Rádiomania, o Livro/76 (Parte II)

ELES FIZERAM HISTÓRIA
Poucos profissionais operantes do rádio ficaram tanto tempo num mesmo prefixo quanto o COLLID FILHO. Natural de Belém, no Pará, COLLID (1930-2004) trabalhou a vida toda na Rádio Tupi, classificada na época como o carro-chefe dos Diários Associados, do jornalista e empresário Assis Chateaubriand. Denominava-se Clube do Guri, era apresentado aos domingos antes do futebol, e teve duração de vinte anos, o primeiro programa que ele comandou.

.o. Durante certo período foi um dos locutores do Grande Jornal Falado Tupi, das 10h às 11h da noite. Eram três os noticiaristas em ação. Numa outra etapa, COLLID ficaria responsável pelo Rádio Sequência G-3, por volta do meio-dia. Substituíra Paulo Gracindo que tinha se mudado para a Rádio Nacional, onde se consagraria como animador de auditório e ator mais requisitado das novelas.

.o. Em sua carreira, COLLID também faria cobertura de carnavais, conduzindo equipes de repórteres. ‘A noite é uma criança’ – costumava dizer o Antônio Maria, diretor da Tupi e cronista de O Jornal. COLLID FILHO seria chamado ‘O Dono da Noite’, transformando o horário no seu cotidiano durante nada menos que quatro décadas. Depois de se afastar do Rádio Sequência G-3 (entregue ao Aérton Perlingeiro) criara o Collid Discos, inicialmente nos fins de tarde.

.o. Foi com esse programa que ele se transferiu, em meados dos anos 60, para o horário da madrugada, ou seja, indo de meia-noite às 3h. E, dele só se ausentava nas férias ou numa eventualidade, -- o que raramente ocorria. COLLID exercera estilo bem original de fazer rádio. Era a perfeita tradução do ‘homem cordial’ a que se referia o escritor Sérgio Buarque de Holanda no livro Raízes do Brasil. Tratava os seus ouvintes como se fossem familiares ou amigos próximos.

.o. Falando ao telefone, deixava a impressão de que as pessoas estavam na sala de visitas de sua casa. Respondia cartas, dava conselhos, contava coisas engraçadas e, entre uma e outra conversa, apresentava uma seleção de músicas de boa qualidade. Aos domingos à noite, por duas horas, ‘instalava-se’ no Salão Grená (na Tamoio, do grupo) de onde ‘coordenava’ desfile de tangos e boleros.

.o. COLLID intercalava o repertório musical com poesia própria e de outros -- trovas, sonetos, poemas. O material veiculado no programa e reunido no decorrer dos anos compõe uma dezena e meia de discos que deixou gravados. Foi recolhido ao acervo do Museu da Imagem e do Som, no Rio. COLLID era torcedor do Flamengo. Sem fanatismo, ao contrário de Ary Barroso, companheiro na taba.

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M E M Ó R I A
.o. Nos anos 70, com a explosão do FM no Rio, a Fluminense era das mais badaladas emissoras. Três décadas depois, com o nome de BandNews, ela voltava a se destacar. Incorporada pela Bandeirantes, na faixa dos 94,9 começava a operar em maio de 2005, parte da rede a explorar o filão.

.o. A iniciativa provocava um rebuliço no SGR, que através da CBN (AM) adotara, há dez anos, o jornalismo em tempo integral. Em 4 de julho, esta lançava uma estratégia para deter o avanço da concorrente. Desativava a Globo FM (92,5), conectando sua frequência à da CBN. (A FM saía do dial, mas não acabava. Poderia, a partir de então, ser sintonizada no canal na Sky, ou internet).

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Nas Ondas
/o FM da linha adulto-contemporâneo – tal qual a JB, SulAmérica Paradiso e Antena 1 -- a NovaBrasil (89,5) está, de mansinho, formando seu público no Rio. Integra um dos grupos que têm sede em São Paulo.

/o O promocional é alternado por dois slogans: ‘100% brasileira’ e ‘moderna e brasileira’. Em comum com as do segmento ‘trafega’ basicamente com músicas que animaram os bailes e festas dos anos 60 aos 90.

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