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sábado, 7 de setembro de 2019

Rádiomania, o Livro/ 80 (Parte II)

E... ELAS TAMBÉM FIZERAM
Os nomes relacionados nas páginas anteriores são uma pequena mostra da grandiosidade do rádio – suas histórias, sua importância, curiosidades. No período das novelas as mulheres ganharam mais espaço no veículo. Locutoras e apresentadoras foram, e ainda continuam sendo minoria. A exceção ocorre nos dias de hoje nas emissoras em que o jornalismo é atuante. Na reportagem, por exemplo, há predomínio delas, como se pode constatar sintonizando uma Super Tupi, CBN e BandNews.

.o. Ao número de valores aqui lembrados, acrescentamos o de algumas mulheres de alto significado no ramo, cabendo o pioneirismo a LEA SILVA e HELENA SANGIRARDI. A primeira começou na Rádio Clube Fluminense, em Niterói, com o programa A Voz da Beleza, diário a 1h da tarde. Depois, atuaria na Tamoio. HELENA era ouvida pelas ondas da Nacional, também à tarde, com o seu Consultório Sentimental.

.o. Havia na mesma Nacional o Programa da Madame, com ISMÊNIA DOS SANTOS, atriz e cantora lírica. Regra básica do gênero: conselhos sobre utilidades do lar, receitas de bolos e pratos variados, além de truques para manter boa aparência física. Entre um e outro item, ISMÊNIA lia uma crônica do Genolino Amado, interesse da classe.

.o. Nesse modelo, SAGRAMOR DE SCUVERO comandava na Mayrink Veiga, O Mundo Não Vale O Meu Lar.Poetisa e escritora de livros infantis, fez grande sucesso ao radiofonizar a vida de conhecidos cientistas. (Foi casada com Miguel Gustavo – redator, produtor de jingles, compositor preferido de Jorge Veiga e Moreira da Silva e autor do hino Pra Frente Brasil, de exaltação à Seleção para a Copa do Mundo no México, em 70).

.o. EDNA SAVAGET e NENA MARTINEZ são outros nomes nessa lista de representantes femininas. EDNA formou-se em Filosofia pela UERJ e em Jornalismo pela UFRJ. Esteve na Rádio Nacional, na Eldorado e na MEC. Na última com o programa Aqui Entre Nós, que fugia à linha do culinária/conselhos/beleza. Abordava temas gerais e, frequentemente, falava de livros, entrevistando escritores e editores.

.o. NENA, criada na Tupi, atuara também na Mauá e Tamoio. Foi a profissional de carreira mais longa em toda a história do rádio, trabalhando nada menos que 70 anos. Formada em Direito, seguira por duas décadas o padrão das demais. Especializou-se em Astrologia, e acabaria se tornando parâmetro para as numerosas sucessoras.

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M E M Ó R I A
.o. O comentarista Luiz Mendes (1924-2011), que trocara a Globo pela Tupi em 1995, voltava ao endereço anterior quatro anos depois. Sua reestreia ocorria em 1° de junho, uma sexta-feira, na partida entre o Botafogo e Palmeiras, pela Copa do Brasil. No domingo seguinte – dia de Flamengo e Vasco, primeiro jogo da decisão do Estadual – ele dividia a cabine com Sérgio Noronha, o principal desde a saída do Washington Rodrigues, no final de 1998.

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Nas Ondas
/o O Convocadas, que foi um programa na ex-Nova Globo, estreou na segunda-feira (2) como quadro no Estúdio CBN, que vai ao ar a partir das 16h com apresentação de Tatiana Vasconcellos.

/o A repórter Camila Carelli escalada para a tarefa, conversa duas vezes por semana com a âncora,falando de futebol feminino, atualizando notícias e comentários sobre as atividades da seleção.

/o Rodolfo Schneider, que estava de férias, trocou o Rio por São Paulo na BandNews, juntando-se aos titulares do jornal. Na Super Tupi, Clóvis Monteiro deu uma parada. Cristiano Santos no comando.

/o É uma raridade no rádio atual tocarem clássicos do samba. Como os de um (Elton) Medeiros, e seus parceiros. Timoneiro, Ame, O Ideal é Completo foram algumas obras de seu inspirado repertório.

/o ‘Não sou eu quem me carrega/Quem me carrega é o mar/É ele que me carrega (...) ‘Ame/Seja como for/Sem medo de sofrer/Não tenha medo, não’ (...)
‘Quando a Portela chegou/A plateia vibrou com emoção...’

< Blog do Rádiomania, dez anos




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