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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Direto das Ondas

 

REMINISCÊNCIAS (10)

Com o afastamento de Adelzon Alves em 1993 e do Collid Filho em  2004, os programas intimistas da madrugada ficaram zerados. O rádio nesse horário perdia o modelo de que o Collid era um pioneiro, mantendo-se no ar por quase cinco décadas ininterruptas. Os veículos impressos, hoje, ignoram a importância do rádio – lembrava o cronista Artur da Távola num texto de homenagem ao radialista da Tupi. Apenas o Jornal do Commercio da mesma empresa do Collid  noticiara o seu falecimento no tempo normal. No obituário de O Globo (matéria paga, evidentemente), o assunto seria tratado dez dias depois.

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CHEIRANDO A TINTA

Cercada de muita expectativa, a Rádio Nacional do Rio foi reinaugurada na sexta-feira 2 de julho de 2004. Da solenidade, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros José Dirceu, Gilberto Gil, Luiz Gushiken e Dilma Roussef, participaram também os presidentes da Radiobrás, Eugênio Bucci, e da Petrobrás, José Eduardo  Dutra, a governadora Rosinha Matheus e vários políticos. Artistas que fizeram a alegria dos ouvintes nos anos dourados compareceram à festa. No restaurado auditório com capacidade  para 150 lugares, houve um show comandado por Neise Marçal e Gracindo Júnior, que recordava o pai, Paulo Gracindo, um dos grandes nomes da história do rádio e, principalmente, da  Nacional.

DAVID, O VERSÁTIL

O novo contratado da Rádio Globo, David Rangel, estreava na segunda-feira 13 de dezembro de 2004 no comando de Tarde Legal, de 3h às 5h, no lugar do Mário Esteves.  Integrante da mais recente geração de valores, destacava-se como um versátil criador de personagens em  programas  da Tupi. Em 2002,  ele ganhava um espaço à noite, com  o David dá Show. O programa passaria  a ser atração das madrugadas de maio, e nove meses depois, o comunicador recebia proposta para mudar de prefixo. A dispensa do Mário Esteves, que se repetia, não era por uma questão de audiência, segundo dois diretores presentes no estúdio do Tarde Legal, na quarta-feira, 8, daquele mês.

MUSISHOW VOLTA

Decorridos seis meses da reinauguração da Nacional, anunciava-se modificações na grade de programas, o que acontecia na segunda-feira, 10 de janeiro de 2005. A principal novidade era a volta do Musishow, do Cirilo Reis. Somando 25 anos de existência, o cartaz havia sido arquivado ao fim das reformas pelas quais a emissora passava. Dono da maior audiência na casa, Cirilo se transformava em personalidade onipresente. Seria recordista em permanência no AM no Rio, começando em abril. Ele acumulava funções, atuando, além da Nacional, como   noticiarista  e apresentador das noites e madrugadas na Rádio Tupi, fazendo um similar do Musishow, também aos sábados.

BANDNEWS CHEGA

Nos anos 70, quando houve a explosão do FM no Rio, a Fluminense era uma das que mais prendia a atenção do público jovem. Três décadas depois, com o nome de Bandeirantes, ela voltava a se destacar, primando por um novo estilo no segmento – o jornalismo. Incorporada ao Grupo Bandeirantes de Comunicação, resumidamente chamada de BandNews, começava a operar em maio de 2005, parte de uma rede que também se dedicava ao filão. Foram os primeiros âncoras a integrar sua equipe, Carlos Nascimento (Jornal da Band), Ricardo Boechat (Jornal do Brasil) e Dora Kramer (O Estado de S. Paulo). A iniciativa provocava grande rebuliço na CBN (AM), que dominava.

AMIGAS DA MARLENE

Com a entrada do Amigas Invisíveis a Globo promovia alterações (novas) em sua programação. Idealizado por Marlene Mattos, o Amigas Invisíveis abria um ciclo na emissora, tratando-se de uma produção independente, e trazia de volta a comunicadora Ana Flores. Coparticipavam as atrizes Luciana Fregolente e Dedina Bernadelli. A jornalista Bety Orsini, responsável pelo consultório sentimental do programa anterior era mantida. A nova atração estreava no dia 22 de agosto de 2005, levada ao ar de segunda a sábado de 1h às 3h (da tarde), para 19 cidades. Marlene iniciara como programadora musical da Roquette Pinto. Tinha mais propostas para a Globo, que se tornaram inviáveris.

TEMPOS DO DIGITAL

Um dia depois de completar 70 anos, a Rádio Tupi entrava oficialmente na era digital, inaugurando seu novo transmissor. Os festejos iniciados em janeiro, culminaram com uma edição especial do Show do Luiz de França em 25 de setembro, aniversário da emissora. No show, valendo-se de material de arquivo, o França rememorava os melhores momentos da rádio e, teve dificuldade para encerrar o programa, por forte emoção. Relembrados pelo apresentador: Calouros em Desfile; Incrível, Fantástico, Extraordinário; Rádio sequência G-3; Caleidoscópio; Marmelândia,  Falando de Cadeira e outros.

QUE CARA AQUELA?

A anunciada ida do Francisco Barbosa para a televisão (Rede Record) não se confirmava. Ele permanecia no rádio. Em vez de Globo, MEC. Passava a ocupar o horário de 11h ao meio-dia, com o Atualidades, de debates, prosseguindo até às 14h, pilotando o Boa Tarde MEC, de variedades. (Tão parecidos com algumas coisas, hein?) E, o sucessor do Barbosa na grade era nada menos que Hilton Abi-Rihan, com Alô Rio. Dizia-se, na oportunidade, para espanto de uns, que era aquela ‘a nova cara da Rádio MEC’.

MAIS QUE POPULAR

Cria da Manchete, onde atuou por aproximadamente 20 anos, tornando-se o mais importante nome da Bloch Editores, Roberto Canazio ampliava sua popularidade a  partir  de outubro de 2001, ao ingressar na Rádio Tupi. No término de 2006, ele surpreendia o público e a classe de radialistas, deixando para trás a marca de porta-voz  de  Anthony e Rosinha Garotinho. Rendia-se à uma proposta da Globo, na qual estreava em 1º de dezembro, véspera do 62º aniversário da rádio. Família e solidariedade alavancavam os índices de audiência do Canazio na Tupi. Impulsionava-o no seu novo endereço  a performance do Pe. Marcelo Rossi.

UMA TERCEIRA VIA

A rádio que pertencera à família Bloch lançava, sete meses depois do terceiro ressurgimento, o slogan ‘2007, o Ano da Manchete’. Em processo de falência, a emissora vivera   duas etapas de arrendamento, até que caíra em poder do empresário Miguel Nasseh. A formação de sua equipe era de profissionais que, desempregados, foram trabalhar na  Roquette ou na Tupi, sob as benesses dos governos estaduais.  Nela, no dia 12 de março, o  doublé de  radialista {Garotinho-2} reiniciava suas atividades.

DE SONHO E VERÕES

 Há exatos 15 anos completados no sábado último(7) era inaugurada no Rio a Rádio   Haroldo de Andrade AM 1060, de um dos mais respeitados profissionais da história do veículo. Foi o grande sonho do idealista Haroldão, como os mais próximos o tratavam.  Durou, todavia, um pouco além de dois verões. Fechava  as portas quatro meses depois da morte dele, ocorrida em 1° de março de 2008.Trabalharam na  rádio Áureo Ameno, Carlos Bianchini, Cidinha Campos, Mário Esteves, Maurício Menezes, Hélio  Júnior, Sidney Marinho, Ivo Meirelles, Wilson Silva, Wilson de Andrade e Haroldo Júnior, entre outros.

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OndasAtuais.Com

Um reparo na postagem anterior (Especial), nota sobre A Turma do Rádio. Luiz Santoro não deixou o programa. Dizemos isso a propósito de erros na edição de sábado (7).  A-Coelho Lima falando do respeito às leis de trânsito aqui e no exterior, item faixas. B- Nicolas Baccarin levantando questão sobre o que doí no bolso, multas.

Os blocos foram repetidos, incluindo a música Dinheiro é Vendaval, com Paulinho da Viola. Não invalidam a excelência do programa, dos melhores do momento. Oportuna a presença do ótimo Cadu Freitas, embora não possamos compará-lo ao Amaury Santos, um dos mais acreditados profissionais do veículo. Pena que tenha saído.

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