REMINISCÊNCIAS (9)
As
rádios Globo do Rio e São Paulo passaram a transmitir nos dias finais de abril
de 2001 programas em rede. O projeto,
idealizado pelos diretores do SGR, ganhara a denominação de Globo Brasil. Com
essas modificações, algumas atrações e comunicadores perderam espaço. Nem o
Antônio Carlos, detentor de uma das maiores audiências da casa, escapara dos
cortes. O Você Decide – Verdade, que era apresentado de segunda a sexta-feira
ao meio-dia, deixara a grade, e ele tivera reduzida em uma hora o seu programa
aos sábados, que ia de 6h às 10h.
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MAIS UMA VEZ
Era 10 de dezembro de 2001, quando Francisco Barbosa
retornava à Globo, de onde saíra em 1999. Ele substituíra o
Mário Esteves, dispensado em novembro. O programa do Barbosa chamava-se, desta
vez, Boa Tarde Globo, primeiro das 3h às 6h, depois começando às 4h. Uma semana
antes dele reassumir, também voltava à empresa a polêmica Juçara Carioca, que
se reintegrava ao Show do Antônio Carlos. Tanto ele quanto ela, tinham trocado
a Globo pela Tupi, indo Juçara trabalhar com o Clóvis Monteiro, no Show da
Manhã. Barbosa, que se ausentara mais tarde, teve uma passagem pela Rádio Carioca.
CIDINHA É POVO
‘O rádio sem Cidinha é povo sem voz’. Essa afirmativa do
prefeito Cezar Maia ocorria nas ondas da Manchete no dia 20 de janeiro de 2002,
quando a deputada, jornalista e comunicadora Cidinha Campos estreava naquela
emissora. O Cidinha Livre estava há mais de dois anos sem prefixo, pois, a
radialista fora demitida da Tupi em outubro de 1999. Além do Cezar Maia,
estiveram na estreia, o cantor Agnaldo Timóteo, o deputado Chico Alencar, o superintendente
da Nacional-Rio Osmar Frazão, Antônio Carlos Lobo, escritor, Guto Graça Melo,
produtor musical, e outros.
O RIO EM 1440
Foi em abril de 2002 que a 1440 AM, rádio que pertencera ao
jornal O Dia mudava mais uma vez de dono. Arrendada pelo grupo Jovem Pan, que
já detinha pelo mesmo sistema duas emissoras na antiga capital do país, ganhara
o batismo de Rio 1440. Para desespero da modesta Rio de Janeiro, sua vizinha no
dial, controlada pela Federação Espírita e que sobrevivia de doações. A ideia era
preencher uma lacuna existente no segmento, muito mal em termos de audiência na
última década. O alardeado slogan revelava a intenção: ‘Rio 1440, a
Rádio da Cidade Maravilhosa’.
A NOSSA GENTE
Os fãs do poeta-cantador Luiz Vieira tiveram que trocar de
sintonia no começo de outubro de 2002. É que o inspirado compositor e
radialista desligava-se da Rádio Rio de Janeiro para a Carioca. Naquela emissora, onde
estava há sete anos, ele apresentava entre 6h e 9h o Minha Terra, Nossa Gente,
com o objetivo de preservar os valores culturais da música brasileira. Evidente
prova disso, o quadro Gente que Brilha, uma ideia do produtor e apresentador Paulo
Roberto, dos anos dourados da Nacional.
CREDIBILIDADE
De acordo com sucessivas
pesquisas, o rádio é o segundo maior em credibilidade entre os meios de
comunicação. Mas não desfruta, nos dias contemporâneos, do reconhecimento das
agências de publicidade, motivo pelo qual, as verbas a ele reservadas, estão
muito aquém de sua importância. Esse tema foi um dos principais no seminário do GPR – Grupo de Profissionais
do Rádio, comemorativo aos 80 anos de veículo no país. Do encontro, em setembro
de 2002 no Jockey Clube Brasileiro, participaram nomes de primeira da radiodifusão
e propaganda.
ESTRAGOS NO AM
‘O rádio AM está estragado’. Afirmação do Luiz Carlos
Saroldi ao ser entrevistado por estudantes em um seminário
sobre os 80 anos do rádio no Brasil. Ele classificou a má administração,
problemas financeiros e o controle de emissoras por grupos alheios ao ramo
fatores responsáveis pelo desgaste. (Dados oficiais, na oportunidade, revelavam
que 40% das rádios no país pertencem às
igrejas e outros 40% a políticos.) Promovido pelo Instituto de Arte e
Comunicação da UFF, em outubro, o encontro realizou-se no estúdio da unidade,
no bairro do Ingá, em Niterói.
PIEGUICE SHOW
O que não falta no rádio popular, é pieguice. O Antônio
Carlos, na Globo, com um show diário em ritmo alucinante, não era mais uma
unanimidade. Excelente no trabalho, já tivera crédito em melhor conta, pois, o
seu programa consistia numa das maiores audiências de emissoras da América
Latina. Ao abrir espaço para que o sonoplasta rodasse a vinheta onde um corinho
repetia ‘Antônio Carlos eu te amo’ e ele respondia ‘Eu também amo vocês’, a
dose de pieguice ficava mais do que caracterizada. Só não perdia pontos para o
Pedro Augusto, o Romeiro de Aparecida.
O BOM QUINTAL
Num horário em que a preferência do público é a televisão,
Marcus Aurélio caiu muito bem no conceito do ouvinte, comandando o Quintal da
Globo, às 8h da noite. O programa, lançado em outubro de 2002 assinalava,
também, a ascensão dele na emissora, onde passava a acumular as funções de
comunicador e de coordenador executivo. Antes de atuar como âncora da CBN por sete anos no horário
vespertino, quando mudou de prefixo, foi integrante da equipe de esporte da Tupi.
GRANDE VIRADA
A hegemonia de 40 anos da Globo como líder de audiência no
Rio foi quebrada nos primeiros meses de 2003. Nos bastidores, em consequência,
não se falava em outra coisa. Aproveitando a conquista, a emissora divulgava
pronunciamentos de ouvintes, através de mensagens fonadas. Eram pessoas
exaltando o feito, por indução dos diretores. Um modo inteligente – e oportuno
– de atrair o público. A vantagem da Globo, para espanto da classe,
restringia-se aos índices de suas transmissões esportivas.
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OndasAtuais.Com
A Nacional do Rio tem novo narrador de esportes – Rodrigo
Campos. Impecável o seu relato do jogo em que o Flamengo classificou-se para as quartas de final da Copa do Brasil vencendo o Atlético Paranaense na quarta (4).
Mário Silva, comentarista e, André Marques, repórter, com ele na
jornada.
Carolina Morand, algum tempo afastada, está de volta ao SGR.
(Re)estreia nesta segunda-feira (9) ancorando o Ponto Final, que vai das 17h às
20h em substituição ao Jornal da CBN 2ª Edição. Formará dupla com o apresentador
Rodrigo Bocardi, da Rede Globo. Ela do estúdio no Rio, ele de São Paulo.
Antiga Guanabara, (celeiro de profissionais), a Bandeirantes
AM 1360, controlada pelo grupo paulista homônimo, vai mudar de frequência em
breve. Passará a ser sintonizada nos 860, que pertenceu à Mundial e, depois à
CBN, desativada em 2019 pelo SGR. A notícia foi divulgada pelo site Tudo Rádio.
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