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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando o bordão vira cacoete

O jogo entre Fluminense e Palmeiras na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro atrasou sete minutos. E, durante essa espera, o Luiz Penido havia dito duas vezes: “Na Tupi, a bola não para de rolar...” Bordão, ou cacoete? Parece-me que se trata do mais inconsistente do seu repertório, pois, em algumas ocasiões, lances que se perdem pela linha de fundo ou lateral, o locutor não se contém e, solta a frase. Chega ao cúmulo de usá-la com o jogo terminado.
Com isso, ele se torna um páreo duro pr’o Loureiro Neto no “Manhã da Globo”, pelo número de vezes que repete o “daqui a pouquinho”. Loureiro foi um brilhante repórter esportivo e razoável comentarista, substituindo o Luiz Mendes que fizera uma passagem pela Tupi. Lançado comunicador em novembro de 1998 é, ainda hoje, muito limitado na função, não se libertando dos vícios de linguagem próprios aos que trabalham com o esporte, futebol no caso.
Penido reúne qualidades acima da maioria que atua no gênero. Bem articulado, fala um português impecável, sendo sem dúvida, o mais importante narrador do Rio, depois do Garotinho, um ícone proclamado pela classe. Bordões e slogans são recursos naturais empregados por profissionais das rádios populares. Muitos prolongam o seu uso devido à empatia com o público. Mas, há aqueles que não pegam, não decolam. Para aturar a sofreguidão do Penido com esse artifício, “não há tatu que aguente” – expressão do tempo de meus avós.
Num confronto com o tal bordão, Maurício Moreira na modesta Brasil AM atacava de forma bastante oportuna. Aproveitando a mobilização de seus companheiros cobrindo os jogos paralelos nessas rodadas decisivas do campeonato, assinalava a cada chamamento que, “a informação não para”. Plenamente válida a iniciativa. No seu cômodo realismo uma velha (e felpuda) raposa em atividade, minimizaria --“É assim que a banda toca”.
Destaque
“Planeta rei...” Globo AM 1220/FM 89,3. De segunda a sábado, a partir de zero hora. Apresentação de Beto Britto. Seleção musical dos ouvintes.
Errata
Na crônica “MPB FM, 10 anos de persistência”, postada em 27 de outubro, onde se leu na internet, citando a Globo FM, leia-se um canal da Sky.
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