Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Centenário de Noel, "poeta da Vila"

Foi bem pouco celebrado dia 11 deste mês no Rio e arredores o centenário de nascimento de Noel Rosa. O “poeta da Vila”, assim passaria a ser chamado, morreu em 4 de maio de 1937 aos 26 anos de idade e deixou cerca de trezentas músicas. Graças a ele, o bairro de Vila Isabel, onde nasceu, seria nacionalmente conhecido. Nas celebrações pelo centenário do compositor, vale registrar o especial “CBN na travessa”, com os jornalistas Ruy Castro e João Máximo, este, autor em parceria com Carlos Didier, do livro “Noel Rosa, uma biografia”.
Eles discorreram sobre a vida e obra do genial artista, contando fatos pitorescos. Noel gostava de pregar peças no Francisco Alves, fazendo isso inclusive, nas letras de algumas canções da dupla. Boêmio contumaz adorava dividir mesas e músicas com negros dos morros e malandros. Com Ismael Silva e Cartola formou as primeiras parcerias, mas produziu também com Ary Barroso, Custódio Mesquita e Henrique Vogeler. Integrou o Bando dos Tangarás com Lamartine Babo e João de Barro (também parceiros), Almirante e Luperce Miranda.
O mais imprtante , no entanto, foi Osvaldo Gogliano, o Vadico. Da união, entre outras, “Conversa de botequim”, Feitiço da Vila”, “Feitio de oração” e “Pra que mentir”. Na carteira de Noel constava como profissão, “cantor de rádio”, depois de instituído o cachê, pois, antes de Getúlio Vargas assinar o decreto autorizando a veiculação de anúncios, o rádio era uma atividade diletante. Ele atuou muito, mas ganhava pouco. Ninguém vivia de direitos autorais na época. Mesmo com sua genialidade, Noel Rosa era um artista à beira da pobreza.
Nos dois últimos anos de vida, foi contra-regra da Rádio Clube do Brasil, onde também escrevia sketchs para programas humorísticos e paródias. Esquecido 13 anos depois de sua morte, foi redescoberto em 1950 pela cantora Araci de Almeida, estrela da Rádio Mayrink Veiga, que o locutor e diretor artístico Cesar Ladeira batizara de “o samba em pessoa”. Araci, sua intérprete favorita, regravou uma dezena de composições dele, incluindo “Três apitos”, inédita até então. Noel figura na lista dos mais citados e estudados compositores do país.
Destaque
“Seresta viva”. MEC AM, 800. Às sextas-feiras, 11 horas da noite. Produção e apresentação de João Carlos Carino.
Memória
Adriana Riemer voltava, em dezembro de 1993, à Cidade FM, atualmente Oi. Estivera dois anos nos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário