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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Comentaristas e seus slogans

Datam dos anos 60 no rádio esportivo os slogans de locutores e comentaristas, sendo o destes últimos o motivo da crônica que desenvolvemos nas linhas que seguem. Luiz Mendes, “o da palavra fácil”, mais antigo no país passou a utilizá-lo em 1969 durante uma temporada na Continental, há alguns anos extinta. A denominação ele ganhou do Carlos Marcondes que, além de comentarista – “o da prova real” – era gerente de esporte da emissora. Ruy Porto, outro em evidência naquele tempo, se intitulava “o de todas as classes”.
Destaque na Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 70 (participou também da de 66) Gérson migraria para o rádio depois de pendurar as chuteiras em 1973. A função de comentarista ele começou a exercer no ano seguinte na Tupi, convocado pelo Doalcei Camargo, que abriria espaço para outros ex-jogadores – Telê Santana e Raul Plasman. O “canhotinha de ouro”, como era tratado nos campos de futebol (20 anos de carreira), serviria para ser o slogan de Gérson, que se encontra em atividade há seguramente 40 anos.
Washington Rodrigues, o Apolinho, mais próximo do Luiz Mendes em quilometragem profissional e popularidade era “o da palavra mágica” na transição da Nacional para a Globo em 1984, trocando pelo “o mais ouvido do Brasil”. Em 1985 Jorge Nunes integrava a equipe do José Cunha na Rádio Tamoio. Amigo do Apolinho (que voltara à Tupi no início de 1999) caiu de pára-quedas na emissora, onde seria a terceira opção de analistas. Devido à desistência do Luiz Ribeiro (“o da opinião definitiva”) que substituiu Roberto Figueiredo em 2001, “o comentarista do povo” ganhou a vaga e cresceu com sua originalidade.
Antes de se transferir para o esporte da Nacional, onde atua há muito tempo, Mário Silva foi repórter “da geral”. Deixou os campos pelas cabines na mesma época em que o Apolinho fora promovido. Seu slogan: “o comentarista que não esconde o jogo”. Rubem Leão – “uma fera de comentarista” – , hoje na Tupi teve a então batizada 1440 AM (depois Rádio Livre) como seu primeiro endereço. A safra de novos comentaristas no rádio carioca remete a esse período com Waldir Luiz (“o que sabe o que diz”), da Nacional e, o atualmente companheiro dele, Jorge Ramos (“o que não deixa dúvidas”), lançado na Roquette.
Tem ainda o bem rodado Felipe Cardoso, que mudou de função no “Momento esportivo” na Brasil AM, referência para a classe. Cooptado pela Globo há cerca de dois anos com o apoio do Eraldo Leite, Felipe virou “o comentarista do momento”. Menos votados nessa lista, Marcos Marcondes e Rodolfo Motta, ambos na Manchete. Aquele, com uma corruptela do slogan do falecido pai – citado no começo -- “o que tira a prova real”; este, “o comentarista perfeito”, por conservar o hábito de usar tal palavra em suas conversações com os colegas.

Um comentário:

  1. O comentarista que sabe o que diz é o Jaime Luiz da Rádio Nacional Rio .

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