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domingo, 11 de novembro de 2012

Esse nosso amor antigo

36)Locutor esportivo da Rádio Jornal do Commercio do Recife no começo de carreira, Antônio Maria ingressava na Mayrink Veiga ao mudar-se pro Rio. Ali, foi produtor de programas humorísticos, um dos exemplos, o “Regra de Três”, de que participavam os principais comediantes do cast -- Zé Trindade, Nanci Vanderlei, Altivo Diniz etc., etc.
37)Já compositor, projetaria seu nome com os sambas-canções “Ninguém me ama” e “Menino grande”, gravados por Nora Ney, componente do elenco da Nacional. No repertório de Antônio Maria, o comum eram as chamadas músicas de fossa, nenhuma tão dramática quanto a intitulada “Se eu morresse amanhã”, que Diricnha Batista perpetuou num elepê. Das exceções ao estilo, “Valsa de uma cidade”, hino ao Rio de então, parceria com Ismael Neto, líder de Os Cariocas.
38)Bem o demonstram seus versos iniciais: “Vento de mar no meu rosto/e o sol a queimar, queimar/Calçadas cheias de gente, a passar/e a me ver passar/Rio de Janeiro, gosto de você/Gosto de quem gosta/deste sol, deste mar, desta gente feliz...”
39)Boêmio de carteirinha, Maria foi colaborador de “O Globo”, “O Jornal” e “Última Hora”. Através da seção “Mesa de pista”, no primeiro, relatava os bastidores dos shows nas boates da moda. Ele cunhou a frase “A noite é uma criança”, lembrada com frequência nas rádios e outros meios de comunicação. Contraponto para uma do Jacintho de Thormes, colunista social do “UH”: ”À noite, todos os gatos são pardos”.
40)Antônio Maria foi um dos grandes nomes do rádio que migraram para a televisão. Fez parte dos quadros da TV Tupi como apresentador e, depois, exercendo o cargo de diretor. Morreu cedo, antes dos 50 anos.

41)Católicos praticantes não deixavam de acompanhar nas sextas-feiras da Semana Santa, “A vida de nosso senhor Jesus Cristo”, radiofonização da Bíblia. Considerada uma obra-prima de Giusseppe Ghiaroni, envolvia todo o elenco da Nacional, formado por cerca de oitenta radioatores.
42)Dirigida por Floriano Faissal, com narração de César Ladeira, locução de Aurélio de Andrade e Reinaldo Costa, a peça era apresentada em capítulos ao longo do dia. Pela grandiosidade, pode-se compará-la ao romance “Em busca do tempo perdido”, do escritor Marcel Proust.
43)Ghiaroni, integrante do quadro de novelistas, autor de poemas e sonetos, também escrevia programas de humor. O mais conhecido deles foi “Tancredo e trancado”, personagens do Brandão Filho e Apolo Corrêa respectivamente, com a participação de atores coadjuvantes. Era uma das muitas atrações apresentadas aos domingos no “Programa Luiz Vassalo” – nome de um publicitário avesso a microfone.

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