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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Na imaginação, a diferença


Repórter da TV que migrara do rádio, Sandro Gama ganhou, recentemente, um programa na Bradesco Esportes FM. “Comendo a bola” é o titulo da atração, apresentada de segunda a sexta, às 12h. O Sandro não cansa de afirmar que se trata de “um programa diferente”, tendo acrescentado numa das edições, que seu colaborador, Bruno Mesquita, só faz “matérias diferentes”. Será? Onde ele descobriu essa genialidade, num gênero que se repete em todos os prefixos?
A hora do almoço no rádio é bem abastecida de programas em que se fala de futebol e, raramente, de outras modalidades. O mais acreditado deles, “Momento esportivo”, conduzido pelo Maurício Moreira, na Brasil AM, uma referência para a classe. Concorrem na faixa de horário, o "Toque de letra", com Leandro Lacerda e Alvaro Oliveira Filho, na CBN (11h45) e o “Bate bola”(12h20), com o Ruy Fernando, na Rádio Nacional. As emissoras menores também têm os seus.
O dia a dia dos clubes, isto é -- movimento de técnicos e jogadores, contratações ou dispensas – fatos comuns. Por melhores que sejam as pautas dos coordenadores de equipes, dificilmente se escapa dessa rotina. E, vem o Sandro com essa de “programa diferente”. A menos que, por ser na hora do almoço, tenha incursionado no ramo da gastronomia. “Comendo a bola”, então, seria uma retórica, licença-poética, como eram as crônicas do Armando Nogueira.
Ou será que a “diferença” que ele alardeia é a participação de ouvintes? “Você faz o programa” -- anuncia o apresentador, concitando a audiência a se manifestar. No rádio moderno, porém, interatividade não passa de um recurso mais do que natural. Um bem-sucedido exemplo em programa especializado, é o “Giro esportivo”, na Tupi. O Vagner Menezes e a turma afinada que lhe dá apoio, não precisam explicar a que vieram. Cumprem a sua missão. Com bom humor, sem firulas.
Incrível. Estão copiando até slogan (veja postagem anterior). Bruno Torelli, mais novo comentarista da Bradesco planou rápido, voando para a função. Slogan adotado: “o que não deixa dúvidas”, o mesmo que o Jorge Ramos, da Nacional, usa há uns dez anos, desde que integrava a equipe do Luiz Carlos Silva, na Rádio Roquette Pinto. A partir de maio do ano passado, ao se incorporar à Globo, Valdir Espinosa ficou sendo “o comentarista realmente técnico”, corruptela do “técnico comentarista”, batismo do José Cunha ao Duque Ferreira, na Tamoio, em tempo remoto.


LINHA DIRETA .
/o/ Manchete, “a rádio de verdade”, limitou o número de repórteres em ação. Hoje, não se compara ao que era na volta ao dial, em 2006.
/o/ Jorge Ferreira, que cobre o CET-Rio, está fazendo tempo integral, igualando-se ao noticiarista Enio Paes. E, também é narrador de futebol.
/o/ Coincidências são coisas que não faltam no rádio atual. Uma delas, a oração do “Pai Nosso”, de manhã, por volta das 8h na Globo e Tupi.

S I N T O N I A
“Sílvio Samper show”. Tupi 1280 AM/96,5 FM. – De 3h às 6h, de segunda a sábado.
“Redação Nacional”, com Neise Marçal. Nacional 1130 AM – De 8h às 10h, de segunda a sexta.
“Amigos do sucesso”, com Kaanda Ananda. Manchete 760 AM. – De 21h às 23h, aos domingos.

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