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terça-feira, 13 de maio de 2014

Nossos comunicadores (6)

ROBERTO CANÁZIO
A potência da rádio – um canhão, no entendimento dos admiradores --, é a arma que ele usa diariamente a serviço do bem comum da cidade e, principalmente, pelos direitos dos aposentados e pensionistas. Seu nome: Roberto Canázio. Carioca, 65 anos, há sete trabalhando na Globo, intransigente com os maus administradores da coisa pública, um comunicador de muita personalidade.

.o. “Coragem, opinião. Roberto Canázio é do Rio, e é da Globo”. Desde setembro de 2011, quando trocou o apresentador da manhã, numa reformulação da grade, a emissora o anuncia desse modo.Tem fundamento. Com as modificações, a rádio começava a abandonar o projeto de programas em rede. Um desses, o “Se liga Brasil”, de 13 às 15h, que marcara o ingresso dele na casa.

.o. Com um histórico na Manchete, onde sedimentou sua carreira, Canázio se desligaria de lá, passados bem mais de vinte anos. A partir de outubro de 2001, com a transferência para a Tupi, ampliava sua popularidade. Em seu discurso na defesa dos desassistidos, as palavras-chaves eram família e solidariedade, que alavancariam os índices de sua audiência na emissora do bairro da Saúde.

.o. Na Globo, onde estreava em 1° de dezembro de 2006, por ocasião do 62° aniversário da emissora, teve que ajustar as fórmulas adotadas em seus programas nas anteriores. Aquelas palavras em que se baseava um quadro longo na Tupi, ficaram limitadas às citações no “Histórias da vida”, logo suprimido. Quanto aos debates, reapareceriam no “Se liga Rio” – foco na cidade, claro.

.o. Canázio já trabalhou na Rádio Nacional. Por pouco tempo. O início foi na Tupi FM (freqüência em certo período com a Nativa), por indicação de Austregésilo de Athayde, do condomínio dos Diários associados, a que pertenciam emissoras de diversas capitais. Formado em Direito, ele foi atuante funcionário da Academia Brasileira de Letras, de que Austregésilo era presidente.

.o. Nenhum pai (ou mãe) de família sonhava para seu filho a profissão de radialista. Na do Canázio não era diferente. O ‘micróbio’ da radiofonia, porém, cedo se manifestou. Acostumara-se a ouvir a Rádio Relógio, que dava a hora de minuto a minuto, e decorar os textos comerciais, lidos nos intervalos. Imitava a rapidez dos locutores, de não serem atropelados pelo sinal eletrônico.

M E M Ó R I A
A rádio em que Roberto Canázio se projetou foi incorporada ao Grupo Bloch Editores em 1973. Antes, chamava-se Federal, em Niterói. A concessão estava em poder do músico e compositor Antenógenes Silva, autor de, entre outras coisas, “Saudade do matão”, um clássico do cancioneiro.
A crise na empresa nos fins dos anos 90 que resultara no fechamento da TV e revistas, fez desmoronar o que parecia um império, integrado por nada menos que 16 emissoras de rádio. A Manchete, reerguida em 2006, faz parte da massa falida administrada por um dos proprietários do grupo.

Fontes: Emissoras, acervo pessoal e o Google.

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