Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Esse nosso amor antigo (o)

A FOLIA E OS TEMPOS
.o. Está em poder da Globo, no rádio popular, o esquema de maior duração em termos de cobertura de carnaval. O seu “Comando geral”, criado por Mário Luiz, data da época em que as escolas de samba ainda desfilavam na Avenida Presidente Vargas. O “Comando” surgira para rivalizar-se com a Continental – de Carlos Pallut, Paulo Carinje, Ary Vizeu, Affonso Soares, Hélio Lopes e outros auto-intitulados rádiorepórteres.

.o. Numa linha paralela, mais concentrada nos programas desses dias dedicados a Momo , posicionava-se, glamourosa, a idolatrada Nacional, que um executivo batizara de ‘a escola do samba’. Profissionais formados naquela que estava ‘em todas’ e era ‘cem por cento esportiva e informativa’, migrariam para a estação da velha (e boêmia) Praça Mauá. Dentre eles, figuravam Hilton Abi-Rihan e o Antônio Carlos Conceição.

.o. Do grupo, participariam mais tarde, o Rubem Confete (que atuava na extinta Roquete Pinto AM), Mário Silva (do esporte na casa) e o José Carlos Cataldi (originário dos “Debates” do Haroldo de Andrade, depois CBN, que acumularia o “Manhã de notícias” com, transitoriamente, o cargo de diretor de programação). Cataldi trocaria a Nacional pela Rede Manchete de Televisão. Empregado hoje numa Tv religiosa em SP.
_______
PÚBLICAS, QUEM DIRIA?
.o. A grande novidade neste ano (quem diria?) foi o pool integrado pelas rádios públicas Nacional e MEC AM , com o apoio da Roquete Pinto FM. Jorge Ramos e Miro Ribeiro lideraram a equipe, num trabalho de bons desempenhos, em que se destacaram o Cirilo Reis, Marcus Aurélio, Thiago Alves, o Miguel Ângelo e Marcelo Pacífico.

.o. Ano passado, a Globo adicionou ao “Comando”, um elemento novo. Denominou-o ‘loucuras de carnaval’. Agora, em 2016, inventou um ‘carnaval medalha de ouro’, sem abrir mão dos primeiros. Como a linguagem do rádio não prescinde de vinhetas, o ouvinte teve sua audição ‘sobrecarregada’. Vinhetas demais. Espaço de menos.

.o. Um ponto positivo. Deixaram de lado, nos horários pré e pós-desfiles, o pessoal do esporte, que se revezava com os comunicadores habituais, sendo o Renan Moura a exceção. No Guilherme Grillo, novato que faz as madrugadas de sábados para os domingos, a emissora apostou suas fichas. Escalou-o para o relato dos desfiles da Série A.

.o. Boas, por exemplo, as atuações do Hélio Júnior e Ana Paula Portuguesa, na manhã de segunda-feira. Funcionou plenamente a química da dupla, o que não podemos dizer da de terça – mesmo horário. Gélcio Cunha, ao lado da Juju Carioca, não cola. Não por ela , que já mostrou qualidades como apresentadora, na Tupi e na Globo.Um dos pioneiros dos ‘amarelinhos” , Gélcio nada mais é que um veterano (e bom) repórter.
_______
UMA OPÇÃO NA DÉCADA
.o. Na concorrente direta, há uns dez anos, o contraponto é “Tupi, carnaval total”. Nela, nos últimos anos ao menos, tudo se concentra em Luiz Ribeiro e Eugênio Leal -- apresentador e comentarista. Antes, era só as transmissões do Grupo Especial. Depois, também na Série A. Este ano não foi diferente. Presenças infalíveis: os repórteres Marcos Frederico (especializado) e Marcus Vinícius (recrutado do esporte.)

.o. Participantes de anos recentes como comentaristas convidados, o Fábio Fabato e o Fred Soares. O decano Reginaldo Bessa (compositor e maestro, confundido com móveis e utensílios da rádio durante os carnavais), faz tempo que ficou de fora. Seu companheiro de jornadas, Luiz Fernando Reis resiste bravamente. Menor sorte, aparentemente, teve o Luiz Carlos Magalhães. Colaborador da MEC, nem nas públicas apareceu.
_______
MEMÓRIA VIVA
.o. Clementina de Jesus (1901-1987) e Cartola (1908-1980),foram descobertos para a música já idosos. Ela, por Hermínio Bello de Carvalho; ele, por Sérgio Porto. Cartola, intérprete de suas composições, lembra a Mangueira, forte candidata neste desfile. Qual fora a escola da cantora, ignoramos. No seu ramo, sambas, jongos e cateretês, e não marchinhas.

.o. Saiu nesta segunda-feira (8) num colunista de influente publicação, referência a um programa da Rádio Jornal do Brasil, que teria inspirado os seguintes versos: "Pergunte ao João, ele sabe a morada/ ele sabe a picada, para o meu barracão". Tipica batucada. O cartaz da RJB, informa a coluna, era uma espécie de Google dos anos 60/70.Os apresentadores, recordamos, Jorge da Silva, o Majestade, e Anita Taranto. Uma produção de João Evangelista.



Nenhum comentário:

Postar um comentário