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terça-feira, 19 de abril de 2016

Esse nosso amor antigo (u)

O RISCO DO BORDADO II
.o. Na postagem anterior deixamos de lado alguns detalhes preciosos. Valem conferí-los, se forem do seu interesse. Comunicadores ou apresentadores da Globo, em maioria, eram publicitários. Uns com agências montadas, outros contratados por diversas, para o conhecido testemunhal. Haroldo de Andrade (1934-2008) e Waldir Vieira (1944-1985), os principais agenciadores. Na linha dos mais bem-sucedidos, Paulo Giovanni(*), peça exemplar.

.o. Sucessor do Giovanni nas matinais da emissora, Francisco Barbosa ingressou no SGR através do FM, depois de uma passagem pela Del Rey¹. Ele dividia sua atividade naquela, com a de folguista no AM. Durante os dois anos em que Giovanni se despedira da casa, faziam revezamento na apresentação do programa, das 7h às 9h. Com o desligamento, o “Paulo Giovanni show” cedeu lugar ao “Show da manhã” – que mais tarde seria titulo aproveitado pelo Clóvis Monteiro, na Tupi. (Lembremos o Velho Chacrinha: ‘no rádio e na Tv...’)

UM IRMAO CAMARADA
.o. Barbosa não só herdara o espaço do amigo e irmão camarada, como também a carteira de anunciantes, generosamente transferida, após um tempo hábil. Essa condição, no entanto, não o seguraria na empresa quando um executivo decidira ‘rifá-lo’ da equipe. E, por quê? Numa das restaurações da grade, o mineiríssimo de Juiz de Fora foi transportado para o horário vespertino, com o programa começando às 13h. Ruim para o comunicador.

.o. Até então, ele estava se dando muito bem nas matinais. A mudança, porém, coincidia com o crescimento de audiência de um moço que se autodenominava ‘o romeiro de Aparecida’ (esse mesmo que você já percebeu -- Pedro Augusto). Ele despontara na Rádio América de São Paulo, alcançava sucesso com o popularesco estilo do Gil Gomes. (Gil, que também fizera televisão, afastou-se das atividades em 2005, por problemas de saúde.)

.o. Apesar das inúmeras modificações feitas, o programa do Francisco Barbosa não conseguira diminuir a diferença conquistada por seu concorrente. Uma das vantagens do adversário, era o impulso que lhe proporcionava o “Patrulha da cidade”. Barbosa perdia feio os valiosos pontos do Ibope. Em conseqüência, acabaria perdendo o emprego. Nem mesmo uma atração semelhante – “ A cidade contra o crime” – favorecia o programa seguinte.
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DE SONHO E REPETECO
.o. Com o Haroldo de Andrade, além dos fatores sobejamente divulgados, ocorreria situação parecida. Ele era um grande agenciador de publicidade para a emissora. Foi, inclusive, com os recursos provenientes disso, que montaria uma rádio própria, que só colocaria em funcionamento, três anos depois de ser demitido. O sonho, entretanto, terminaria cedo, com a morte dele. O passivo, os filhos negociaram com o grupo religioso da Canção Nova.

.o. Antes de o mandarem embora, sem direito a despedida de seus ouvintes, um executivo despacharia, paulatinamente, os profissionais ligados ao veterano apresentador. Assim aconteceu, por exemplo, com o Carlos Bianchini, Sílvio Samper, Mário Esteves, Maurício Menezes, Hélio Júnior, não escapando, sequer, alguns componentes do “Debates populares”, de que fora pioneiro, não na Globo, mas no rádio do Rio de Janeiro, cidade que adotara.

.o. Um adendo especial (e curioso). No ano precedente ao ‘desembarque’ – para usarmos expressão modernamente política --, a rádio dos Marinho tirou da grade o programa do Haroldão aos sábados. (Alô Antônio Carlos: nativos de Gêmeos, atentos!) O espaço do AC foi esticado até às 10h, e dali ao meio-dia, Maurício Menezes passou a responder, apoiado por produtores do companheiro. Era 2001, e o Maurição saía em outubro. ‘Subia ao telhado’, levando a tiracolo o Helinho, parceiro no “Agito geral” , aos sábados, das 20 a zero hora.
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MEMÓRIA VIVA
(*) Nascido em Petrópolis, onde fez de tudo na Difusora local, Paulo Giovanni viria para o Rio em 1968. Em plena véspera de Natal, estreava um programa noturno na Rádio Tupi. Logo depois, assumia um horário nas tardes, mas não esquentaria o lugar na casa, mudando-se para a Globo. Mergulhou fundo nos comerciais e, com a ajuda do sogro, industrial do ramo cafeeiro, criava sua agência de publicidade que, rapidamente se expandira, com representações em São Paulo e outras capitais. Anunciara sua despedida do rádio em 1987 e, só se desligara oficialmente dele em abril de 1989. Giovanni radicou-se na Paulicéia.

¹Nome firmado na sua terra de origem, Francisco Barbosa recebera, no limiar da década de 80, irrecusável proposta da Cidade FM, do Sistema de Rádio Jornal do Brasil. A Del Rey, seu segundo endereço no Rio, foi o primeiro batismo da hoje SulAmérica Paradiso, que chegou a se chamar Alvorada. Em 2014, as atuações do Barbosa foram reduzidas de diárias para semanais na Tupi, onde se encontra desde 2006. Ele retomou a função de agenciador publicitário, por alguns anos interrompida.
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S I N T O N I A
/o/ As duas principais emissoras de rádio do Rio fizeram programas especiais sobre a votação do impeachment da presidente Dilma Roussef.
/o/ De um lado, o Roberto Canázio, de outro, o Luiz Ribeiro. Com o auxílio de antropólogos, cientistas políticos e doutores em direito.
/o/ Destaque no “Todas as vozes”, da MEC AM, ‘Essa letra, essa música’ focalizou, na quarta (13), a composição “Vera gata”, de Caetano Veloso.
/o/ O produtor Marcos Rangel afirmou que era destinada a uma das doze musas inspiradoras do autor, com a qual tivera um rápido romance.
/o/ No texto narrativo, o estudioso Rangel referia-se a uma ‘menina nova’, de 18 anos. ‘Música, educação e cultura’, o slogan base da rádio.
/o/ O “Time das nove”, que integra o “Jornal da CBN”, ancorado por Milton Jung, ganhou na segunda-feira (11), novo participante naqueles dias.
/o/ É o Marcelo Tas, atualmente na GNT. São colaboradores habituais, os colunistas Artur Xexéo, Carlos Heitor Cony, João Borges e Viviane Mosé.
/o/ E, o América, hein? Segundo time de sete entre dez cariocas, foi rebaixado mais uma vez. Na Globo, em Macaé, Hugo Lago transmitiu a partida.
/o/ Analisando o desempenho de um integrante dos rubros, Rafael Marques disse: “Ele joga o jogo dele”. Simplório, ‘ o comentarista que pensa...’

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