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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Girando com as ondas (006)

AS INCERTEZAS NO DIAL
Estaria o rádio morrendo, ou apenas se transformando? E, qual seria o motivo – a ascendência das redes sociais, avanço da internet, má gestão dos executivos, ou pura e simplesmente a crise, que vários setores enfrentam, inclusive os meios de comunicação?

.o. Três meses depois de a Globo dispensar dez de seus contratados, agora foi a vez da Tupi. Como num castelo de cartas, caíram ases, damas e valetes, totalizando dezesseis profissionais, responsáveis pela liderança da ‘rádio-família’ durante mais de uma década.

.o. Encabeçam a lista (‘um pacotão’), os comunicadores Coelho Lima e Francisco Barbosa, astróloga Glória Britho, narrador esportivo Jota Santiago, comentarista Eugênio Leal, repórteres Sérgio Américo e Pedro Costa, produtores Ricardo Alexandre e Paula Raniéri.*
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MATERA E O CAMPO
.o. Representante maior do feminismo no rádio esportivo, Carla Matera está repetindo o percurso de um ano distante – da Tupi para a Globo. Na primeira ocasião, trocou de endereço por conta própria. Desta, desligada na companhia de colegas em abril último.

.o. Carla incorporou-se à principal emissora do SGR no início do mês em curso. No final da outra passagem pela empresa dos Marinho cumprira, também, uma temporada na afiliada de São Paulo. Os desportistas passaram a conhecê-la através da Tropical FM (hoje Família).

.o. Depois, Matera transferiu-se para a Tamoio. Numa época em que lá estavam, entre outros profissionais, José Cunha, Halmalo Silva, Paulo César Tênius, Iata Anderson e Cícero Mello. Antes dela, a mais conhecida era Astrid Nick, estabilizada plantonista da Nacional.
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ERA UMA VEZ MARIA
.o. Na mesma rádio em que Matera ensaiava sua trajetória, surgia, no Rio, Andrea Maciel, que se tornara a personagem ‘Maria Chuteira’, figura criada por José Carlos Araújo, na Globo. Descobrira o rádio em Teresópolis, onde fazia recreação num hotel-fazenda.

.o. Moradora em Cabo Frio, a ‘Maria Chuteira’ inovou como repórter, adotando um estilo peculiar. O sucesso, porém, não mudou o seu jeito. Em pouco tempo, vencida pelo cansaço da viagem semanal, abandonou o veículo, por uma assessoria em seu município.

.o. Ao contrário da TV, o rádio não é pródigo no aproveitamento de mulheres no setor.. A pioneira (o Google não registra) Marilena Alves, na extinta Continental. Últimos destaques,Aline Falcone (ex-CBN), Camila Carelli,(Globo) e, na falida Manchete, Amanda Viana.
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EM OUTRO PLANETA
.o. Revolucionária no segmento nos anos 1970/80, a Cidade FM começou a se descaracterizar com o arrendamento pela OI. Tempo vai, tampo vem, passou para o controle da Jovem Pan, núcleo do Rio. Ao retornar à sua proprietária , a JB, nunca mais seria a mesma.

.o. Mudar é preciso. Navegar também, como no poema do Fernando Pessoa. Tantas as mudanças, que a Cidade navegou em águas turvas e, a exemplo de outras, na crise, perdeu anunciantes e público. O Grupo Universo assumiu a concessão na virada do mês.
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I N T E R V A L O
/o/ As emissoras de rádio poderão, durante a Rio-2016, Olimpíada -- de 5 a 21 --, transmitir o informativo oficial “A voz do Brasil”, em horários flexíveis. De acordo com os seus interesses, entre as 20 e 22h, como acontecera pela realização da Copa do Mundo no país.

/o/ O programa “Quando os maestros se encontram” influenciou na carreira de João Roberto Kelly – disse ele ao Rubem Confete, sábado (23), numa série pelos 80 anos da Nacional. Sobre Radamés Gnatalli e regentes: “Na primeira vez que conheci (sic) Radamés (...)”

/o/ Humorista que se preza, não perde o pique, ou a piada. “Vera, fala com o Canázio ‘ao vivo’, lá na Rádio Globo”, alertava Hélio Júnior, como repórter (reconduzido), no “Plateia amiga”, quarta (27), nova curtição da emissora da Glória. Um rodízio na rua.

/o/ Com os valores dispensados ou que pediram desligamentos, nos últimos meses, dava para montar duas emissoras alternativas. A medida seria o aluguel de horários nas chamadas de pequenos investimentos, em sua maioria, desconhecidas dos sintonizadores.

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* Diante da débâcle recém-ocorrida, soa de maneira irônica o novo slogan veiculado pela Tupi. “Eta rádio danada de boa” é, para os apreciadores desse amor antigo e, principalmente os desempregados dela (e de outras), um lamentável requinte de crueldade.






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