Total de visualizações de página

Confira a hora certa!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Rádiomania, o Livro/31

AS FASES DO HAROLDO (D-3)
Inaugurada em 7 de novembro de 2005, a Rádio Haroldo de Andrade ficaria no ar não mais que dois anos e meio. Com a morte do comunicador em 1º março de 2008, o projeto de emissora própria, qual embarcação em mar revolto, naufragava. Dificuldades financeiras derrotaram os herdeiros Wilson e Haroldo Jr., que decidiram transferir a concessão para o grupo religioso da Canção Nova.

Quando a rádio entrou em funcionamento, Haroldo estava há três anos afastado do veículo. Aos 71 anos, reiniciava suas atividades profissionais, buscando reconquistar o público que por muito tempo lhe fora fiel. Na Globo, onde trabalhara pouco mais de quatro décadas, ele escrevera seu nome na história do rádio brasileiro, formando e influenciando gerações de apresentadores.

O formato de seu programa, vitorioso ao longo dos anos, foi copiado em diversos prefixos, destacando a “Pesquisa do Dia”, o fio condutor, e o quadro em que são comentados os assuntos mais importantes -- os “Debates Populares”. Raras as emissoras que, através de contemporâneos, ou novatos, não se escoravam nas fórmulas por ele lançadas. Haroldo lutou muito para colocar a sua emissora no ar. Ficara sobrevivendo de economias, pois vendera sua agência de publicidade.

Exemplo de tenacidade, ele foi um guerreiro. Encontrou muitas barreiras para a realização de um sonho, em sacrifício da própria saúde. Certa vez, provocado pelo psicólogo Luiz Ainbinder sobre a maré mansa em que vivia (longe do microfone), respondera que, a boa vida era a outra, em atividade na casa dos Marinho. Um dia, porém, ao discordar da linha que a empresa resolvera adotar – o rádio em nível nacional – desagradou os cardeais. O prestígio de que desfrutava de nada valeria para diretores então solícitos e obsequiosos.

Seu contrato, renovado periodicamente, era interrompido. Ele saía de cena. O resto da história, os que o admiravam conhecem – lembrado por poucos, entre os quais, José Carlos Araújo (naquela ocasião na Globo) e o Roberto Canázio (que atuava na Tupi). A Rádio Haroldo de Andrade (1060 Khz, na frequência da antiga Mauá) reunia em seu elenco profissionais em disponibilidades, da categoria de uma Cidinha Campos, um Carlos Bianchini, Mário Esteves e Mário Lúcio.

Também integravam a equipe, Ivo Meirelles, Hélio Jr., Zeca Marques e Manhoso, além dos filhos Haroldinho e Wilson. O esporte era comandado por Sidney Marinho, que se firmara na Litoral de Cabo Frio depois de passar pela Carioca e Nacional. Wilson Silva e Áureo Ameno, com a colaboração de Eliete (Beleza) Dias, produziam o programa do Haroldão. No da Cidinha (“Cidinha Livre”) destaques nos debates eram Heloneida Studart (1932-2007) e Maurício Menezes.

Pouco depois de completar um ano, a nova rádio perdia oito profissionais. Cidinha, dentre os requisitados no começo para formar o grupo, sairia logo. Citava a gentileza do tratamento dos filhos do Haroldo, diretores da casa, mas lamentava o amadorismo dos dois. “Queriam uma rádio de primeira com antena de quinta”, queixava-se. Haroldo foi internado no início de 2008 numa clinica em Botafogo, onde viria a falecer. O sonho e o projeto da rádio tornaram-se inviáveis.

MEMÓRIA—2007
Heleno Rotai, que era coringa há um ano e meio na Tupi, substituía Luiz de França a partir de 9 de abril. Um dos maiores ibopes no FM, Rotai pertencera ao time da Nativa, ao fim de longa estadia na 98, da qual se afastaria em 1994.

Em junho, na segunda (4), a AM 760, da parceria Anthony Garotinho/Miguel Nasseh, ampliava o espaço do futebol. Lançava às 21h uma nova edição do “Manchete Esportiva”, com Ronaldo Castro, que não se criaria na emissora.

A jornalista Márcia Peltier mudava, em julho, de dia e horário na Tupi. Seu programa, antes pelas manhãs de domingos, passava para as tardes dos sábados. Na vaga da comunicadora e astróloga Nena Martinez, falecida.

No início de agosto, a Globo alterava a sua madrugada. Esticava em uma hora o “Planeta Rei”, do Beto Britto, e reduzia igualmente, o “... Globo Brasil”, do Alexandre Ferreira. E o nome do “Bom Dia Globo” para "Alô Bom Dia".



Nenhum comentário:

Postar um comentário