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terça-feira, 13 de março de 2018

Rádiomania, o Livro/38

DE CARMEN NO CINELÂNDIA
Em 5 de agosto de 1985, uma segunda-feira, Arlênio Lívio (1942-2003) reproduzia no “Rio de Toda Gente”, uma entrevista de Adolfo Cruz com Carmen Miranda em Nova York. Essa entrevista (histórica) fora realizada na véspera da morte da cantora, trinta anos antes – em 1955. Quem sintonizava a Rádio Nacional na ocasião, ficaria sabendo que Carmen Miranda, vivendo nos Estados Unidos, não esquecia dos seus amigos e conterrâneos.

Depois de Assis Valente, que morrera cedo e lhe dera sucessos como “Uva de Caminhão”, “O Mundo Vai Acabar” e “Voltei Americanizada”, os mais ilustres e por ela sempre exaltados eram Ary Barroso e Dorival Caymmi, que muito contribuíram com o seu repertório musical. Na conversa com Adolfo Cruz, jornalista especializado em cinema, Carmen também citava as irmãs Batista – Linda e Dircinha – vitoriosas cantoras da época.

Adolfo Cruz manteve na Rádio Nacional por muitos anos um programa que era a sua cara – “Cinelândia Matinal”. Foi ele que popularizou um slogan estranho: ‘Falem mal, mas falem do cinema nacional’. E, foi, também, o único brasileiro a se avistar com Carmen Miranda naquele ano. “O Rio de Toda Gente” contara com a presença de Adolfo, que relembrava, na oportunidade, fatos a respeito da “Pequena Notável” – internacional artista.

Discorria sobre suas atuações ao lado do Bando da Lua, liderado pelo músico e compositor Aloísio de Oliveira e, inclusive de sua excursão com o grupo ao Uruguai antes da viagem aos States, onde iniciaria uma série de apresentações nos shows business da Broadway, tornando-se,também, uma estrela do cinema.

Brasileira naturalizada (era portuguesa), Carmen obtivera grande sucesso no país nos anos 40, cantando em programas de rádio, Mayrink Veiga e Tupi, intercalando com aparições no Cassino da Urca. Elevara através da música o nome de sua terra nos Estados Unidos.

Dos filmes americanos em que apareceu, “Voando Para o Rio” e “Banana da Terra”, são os mais conhecidos. Quando a saudade começava a apertar, Carmen pensava seriamente em voltar ao Brasil, propósito sempre adiado. Ela morreria aos 46 anos, de um ataque cardíaco.

MEMÓRIA—2009
Dezessete anos depois de atuar na Globo, Paulo Giovanni trocou-a pela publicidade na década de 80. Ele foi entrevistado por Marcus Aurélio em 5 de abril, véspera do lançamento de uma nova programação da rádio. No “Quintal...” , lances de sua trajetória iniciada em Petrópolis.

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