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terça-feira, 10 de abril de 2018

Rádiomania, o Livro/ 41

DO SURREAL INCRÍVEL
Popular programa da Super Rádio Tupi há uma eternidade em cartaz, “Patrulha da Cidade” serviu para impulsionar a carreira de profissionais diversos. Paulo Lopes foi um deles. O show a que emprestava o nome, destinado especificamente ao público feminino, sempre desfrutou de grande audiência no Rio. No começo, era de segunda a sábado, de 6h às 9h das manhãs, transferindo-se posteriormente, para o horário vespertino.

Lopes utilizava-se dos mais apelativos recursos. Numa quarta-feira de maio, finalzinho do mês em 1985, sintonizávamos o programa. Deparamos, então, com algumas ‘pérolas’ (ou abobrinhas), dignas dos alegres rapazes que atuavam em algumas FMs. Naquela conversa que os comunicadores travam com o público – as ouvintes, diga-se – o apresentador armava uma brincadeira que tinha por base o jogo do bicho.

Oferecia três opções a quem estivesse do outro lado da linha e, se um dos palpites coincidisse com aquele ‘jogado no ar’, a distinta senhora recebia 90 mil cruzeiros, vale para compras numa rede de supermercados, um dos patrocinadores da audição. (Qualquer semelhança com outro conhecido, é motivo suficiente para se lembrar um bordão do Chacrinha.)

Havia mais atrações dentro do contexto. Ele também sorteava entre as ouvintes que se dispusessem a telefonar – ou o produtor ligava para um número indeterminado -- bilhetes da Loterj, outro anunciante -- babies dolls e... calcinhas, ofertas de tradicional loja de peças íntimas. Nesse dia, uma das ‘sorteadas’ pediu seis. Temerosa de não ser entendida, explicava: meia dúzia. Alegação (patética) da fã. Ela “estava muito precisada”.

Segundo Lopes, o programa normalmente distribuía duas unidades para as felizardas (sic) ganhadoras, porém, diante do ‘choro’ da necessitada senhora, ele resolvera, generosamente, conceder-lhe quatro. Descendo a detalhes, falava das qualidades do tecido, formato e cores das calcinhas.

Um apresentador de outra rádio, na ocasião colunista de um jornal popular explorando o ‘mundo’ das celebridades, sorteava no sábado, 25 daquele mês, calcinhas da Rita Cadillac. Conforme dizia o moço, era ideia do empresário da cantora (???), para promover o novo disco da dançarina.

MEMÓRIA—2010
A Paradiso FM e a SulAmérica comemoravam, em junho, um ano de parceria. Com isso, o índice de audiência da rádio melhorara bastante, transformando-a numa das comercialmente bem-sucedidas.

Nesse mês, o comentarista esportivo Sérgio Noronha reintegrava-se à Globo, onze anos depois de sair do prefixo. Era requisitado para a bancada de analistas do “Debates Populares”, nas terças-feiras.

Em julho, logo que terminara a Copa do Mundo na África do Sul, Globo e CBN separavam suas linhas. Voltavam a formar equipes distintas no Campeonato Brasileiro, até cobrindo as mesmas partidas.

E, o Waldir Spinosa não se criava na Manchete. O novo ocupante da função passava a ser Marcos Marcondes, então segundo na hierarquia. No lugar deste, assumia Rodolfo Motta -- ‘o comentarista perfeito’.

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