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terça-feira, 17 de abril de 2018

Rádiomania, o Livro/42

TORMENTO, CANÇÃO
Lançado pela RCA Victor, o samba-canção “Não Tenho Você”, do primeiro disco de Angela Maria, um 78 rotações, apareceu em 1951. Quatro anos depois surgia o afro-brasileiro “Babalu”, que se constituiria no maior sucesso da cantora em todos os tempos. Ao longo de pelo menos 40 anos, “Babalu” foi cantado centenas de vezes nos mais distantes lugares do país. E, tantas foram as solicitações, que ela ficou saturada da música, transformada numa espécie de tormento em sua vida. Não parou de cantá-la, porque, ‘o público é que manda no artista’.

Nos anos 50 e 60, Angela tinha a unanimidade da crítica e do público, que a consideravam uma das mais importantes cantoras brasileiras. Era, para muitos, a sucessora de Dalva de Oliveira, a quem imitava no início, revelando-se na “Hora do Pato”, um dos mais famosos programas de calouros do rádio. Natural de Conceição de Macabu, RJ, Angela começara a cantar no coral da Igreja Batista de Maria da Graça, no município do Rio.

Na década de 50, em pleno auge, apresentava-se em programas próprios na Mayrink Veiga e Nacional, batizados com nomes parecidos – o primeiro “A Estrela Canta”, o outro “A Rainha Canta”, produzidos por Nestor de Holanda. Um simples motivo permitia isso: as duas estações estavam sob a direção de Vitor Costa, um profundo admirador da artista. Bem-sucedida na vida profissional, Angela não conseguira o mesmo em nível particular.

“Deus me deu o dom de cantar e, isso pra mim é tudo”, afirmava numa entrevista a Haroldo de Andrade, na Rádio Globo em 1989. Depois de vários casamentos desfeitos, Angela vivia naquele ano na companhia de quatro filhos adotivos em São Paulo há 25 anos, morando no Bronklin, bairro nobre da Zona Sul.

A cidade, na concepção dela, era o melhor mercado para o artista brasileiro, seguido por algumas regiões do Norte e Nordeste do país. Dizia-se admiradora de Tim Maia, Djavan e Ray Charles e, principalmente dos cantores/compositores. Dentre as músicas do seu repertório sua preferência recaía em “Gente Humilde”, de Garoto, com letra póstuma de Chico Buarque e Vinícius de Moraes. Talvez motivada por sua origem, de infância pobre.

MEMÓRIA—2010
Em julho, “Momento Esportivo”, da (Super) Rádio Brasil completava onze anos em cartaz. Referência para o pessoal do ramo, aumentava em 30 minutos seu tempo de duração, ficando duas horas no ar, isto é, do meio-dia às 14h.

A repórter Juliana Duarte, da Tupi, mudava-se para a Globo em outubro. Seguia os passos de coleguinhas de redação nos últimos anos – casos da Priscila Souza, Cristiane Alves, Isabela Rangel, Evelyn Moraes e Vanessa Mazari.

Gilberto Lissieux, que estivera na Tupi nos anos 90, atuando simultaneamente na Rádio Nacional, voltava naquele mês a trabalhar na emissora da Rua do Livramento. Cobria as férias do Rafael de Souza, noticiarista.

No mesmo período, a Nacional reforçava sua equipe de esportes com o narrador Rui Fernando e o comentarista Jorge Ramos. Rui estreava no Flamengo e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, empate de 1 a 1 no Engenhão.



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