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sábado, 30 de junho de 2018

Rádiomania, o Livro/47

UMA APARENTE SUBIDA
Chamava-se Federal e funcionava em Niterói a rádio comprada pelo Grupo Bloch Editores que, a exemplo da principal revista, ganharia nome de Manchete. A concessão estava em poder de Antenógenes Silva, músico e compositor e, entre outras coisas, autor de “Saudades do Matão”, um clássico do cancioneiro nacional. Foi em 1981 que a emissora passou para o controle dos Bloch.

Cinco anos depois, quando começava a transmitir 24 horas por dia, ela deixava para os ouvintes a impressão de crescimento. (Emissoras bem mais antigas – casos da Roquette Pinto e Jornal do Brasil, só entrariam nesse esquema, respectivamente, em 1988 e 1990). Pelo transcurso de seu decênio, em março de 1991, a Manchete investia na contratação de profissionais de renome e ampliava o setor de jornalismo, apesar da crise político-econômica que o país enfrentava.

O início da nova fase se daria com Cidinha Campos, que estreava no dia 4 daquele mês. Eleita deputada pelo Estado do Rio no ano que terminara, a comunicadora desligava-se da Tupi depois de onze anos ininterruptos. Levaria para o novo endereço parte da equipe, inclusive sonoplasta Márcio Castorino.

No mesmo dia em que a Manchete lançava o “Cidinha Livre”, o comunicador Ênio Barbosa também estreava no prefixo. Ênio, que alcançara grande sucesso na Tupi substituindo Paulo Lopes a partir de 1987, não renovaria seu contrato, encerrado antes de completar dois anos no horário. Queria remuneração considerada incompatível. Sua estrela se apagaria na Capital, enquanto ‘plantava’ nos colunistas de jornais populares o interesse da Globo pelo seu concurso.

Ele fizera uma parada na Rádio Nacional, quando problemas de ordem política provocaram o afastamento de Daysi Lúcidi, integrada à emissora desde os tempos das novelas. Na Manchete, abandonaria o projeto de reformulação logo no primeiro mês de atividade. Em princípio, alegara motivo de saúde, licenciando-se e, depois, para surpresa de todos, rescindia o contrato. Voltaria à Capital e, mais tarde, realizaria o seu grande sonho: trabalhar no Sistema Globo. Morria no primeiro semestre de 1995, em pouco tempo de atuação na Globo paulista.

Jorge Luiz e Luciano Alves, também originários da Tupi, reforçariam a programação da Manchete. Em meados do ano, porém, o panorama da rádio estava muito diferente, reflexo ds crise que, localizada no canal de televisão da empresa, abalaria os alicerces da casa. Cidinha saía aproveitando a desincompatibilização, em 1992, para concorrer à Prefeitura do Rio. Em seguida Luciano Alves, que se aposentara pela Rádio MEC. Ao Jorge Luiz,(o último, no 'crescimento', caberia a desconfortável missão de apagar as luzes.

MEMÓRIA—2011
Em abril, o locutor Edilson Silva e o comentarista Ronaldo Castro ingressavam na equipe da Tamoio,em seu núcleo no Rio, e em maio, Ivan Borghi era contratado pela Manchete, entrando na vaga de Paulo Vasconcellos.

Perdendo todas as cobranças de pênaltis, o Brasil foi eliminado em 17 de julho nas quartas de final da Copa América, em La Plata, Argentina. Eraldo Leite, Wagner Menezes e Wellington Campos testemunharam.

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