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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Rádiomania, o Livro/63

PATRIMÔNIO SALVO
Com a reinauguração de seus estúdios, palco-auditório e departamento de rádio-teatro, o patrimônio da Nacional do Rio estava salvo. A cerimônia, que marcara o início da revitalização, aconteceu em julho de 2004, na sexta-feira (2), com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros mais próximos, políticos e artistas.

Nas obras de revitalização da emissora foram investidos dois e meio milhões de reais (R$ 2,5 mil), utilizados na compra de equipamentos de última geração e transmissores de 50 Kw (kilowats). A situação precária em que se encontrava a tradicional rádio, deixara alarmado o jornalista Eugênio Bucci em sua primeira visita à casa, logo depois de nomeado para assumir a superintendência.

No restaurado auditório, com capacidade para 150 lugares, houve um show comandado por Gracindo Júnior, que lembrara a figura do pai, Paulo Gracindo, um dos grandes nomes da história da Nacional. Ele destacara seu início na rádio, aos 14 anos, discorreu sobre a democracia restabelecida no país, e lamentou os ‘anos de chumbo’, quando 36 funcionários (lista da qual fazia parte com o ‘velho’), foram demitidos.

Do show, participaram entre outros, Carmélia Alves, Carmem Costa, Adelaide Chiozzo, Cauby Peixoto, Marlene, Emilinha Borba, Jamelão e Helen de Lima. Na abertura, comandada por Lucinha Lins, reviveu-se o prefixo oficial da rádio, “Luar do Sertão”, de Catulo de Paula, e trechos de programas famosos. Marco Antônio Monteiro e Neise Marçal entrevistaram os convidados. Luiz Carlos Saroldi exaltava a iniciativa, assegurando tratar-se ‘um reestímulo à radiodifusão no país’.

A gerente de jornalismo Márcia Giffoni, uma das primeiras a falar, dissera que o compromisso da Radiobrás era devolver ao público um rádio sério, promovendo o resgate do patrimônio histórico. Exercer, sobretudo, um jornalismo democrático, aberto a todas as tendências, afirmava. Durante os últimos dez anos ela atuava na BBC de Londres.

Em maio de 2002, funcionários saíram às ruas em protesto, abraçando simbolicamente o lendário Edifício A Noite, prédio da Praça Mauá. O grupo temia que, devido ao lastimável estado da rádio, ela deixaria de existir, transformando-se em mera repetidora de Brasília. Daysi Lúcidi, antiga funcionária da empresa, que liderara o movimento, fora punida, ficando dez dias sem apresentar o seu programa. Na reforma, com a programação alterada, o “Alô Daysi”, um diário então há 33 anos no ar, era reduzido a uma semanal apresentação.

M E M Ó R I A
Em agosto de 1988, Paulo Cesar Ferreira – ‘uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa’ – comprava a concessão da Nacional FM (100,5), que rebatizava como RPC. Ficaria com a emissora por pouco tempo, negociando com Ary de Carvalho, dono de popularíssimo jornal. É ela a FM O Dia, que anteriormente operava em 90,3 (da extinta Opus 90, depois Nova e. posteriormente, MPB). Um locutor que se tornou empresário de comunicação, PC foi diretor da Nacional e do SGR e, inclusive, um dos executivos da televisão da família Marinho.






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